A edição de hoje
Vítima comprava produtos alimentares em bancas de rua junto à Universidade Católica de Moçambique.
A filha de 19 anos de um empresário da cidade da Beira, centro de Moçambique, raptada a 19 de maio, já regressou a casa, disse esta sexta-feira à Lusa fonte policial.
O Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) confirmou que a vítima foi libertada, mas sem adiantar mais pormenores sobre as circunstâncias.
O rapto tinha acontecido durante o dia numa zona movimentada.
A vítima comprava produtos alimentares em bancas de rua junto à Universidade Católica de Moçambique, onde é aluna, quando desconhecidos com uma pistola a levaram num automóvel.
Três dias depois, cerca de 100 pessoas juntaram-se na cidade da Beira numa marcha contra a onda de raptos que atinge empresários e familiares em Moçambique.
"A cada rapto há uma família destruída", lia-se numa das várias tarjas que os participantes levavam.
Numa avaliação sobre a criminalidade, apresentada no início de maio, a procuradora-geral da República de Moçambique referiu que os crimes de rapto têm vindo a aumentar e os grupos criminosos têm ramificações transfronteiriças, mantendo células em países como África do Sul.
Beatriz Buchili disse ainda que as "vítimas de rapto" são "constantemente chantageadas" pelos raptores, mesmo depois de libertadas, para lhes continuarem a pagar quantias em dinheiro, agravando o sentimento de insegurança.
Em março, a procuradora-geral alertou também para a cumplicidade de polícias: ?Não podemos continuar a ter casos de assaltos à mão armada, raptos, violações, perpetradas por alguns indivíduos que ingressam no Sernic", disse.
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