A edição de hoje
Imponência da natureza continua a ser a principal atração da mata mas há muito para ver.
Novas árvores, espaços mais abertos, recuperação do Convento de Santa Cruz e das capelas que constituem os Passos da Via Sacra, um novo museu e um trilho a inaugurar em breve.
A tempestade ‘Leslie’, sentida em outubro, afetou a mata do Buçaco e derrubou muitas árvores centenárias, mas o património saiu reforçado. Após o encerramento ao público, que durou cerca de dois meses, a Mata Nacional abriu em dezembro e apresenta novos argumentos.
A mata, que já foi local de oração e devoção de monges e que ‘viu’ um Papa emitir uma ordem que excomungava da igreja quem destruísse árvores ou apanhasse ali madeira, é um dos tesouros mais fascinantes do País.
Os jardins, miradouros, lagos e fontes ajudam e envolvem num passeio fascinante e mágico no Centro do País. No último ano, mais de 250 mil pessoas visitaram a mata. O próximo passo é a candidatura a Património Mundial da UNESCO.
Um novo trilho vai percorrer as árvores que se destacam
O ‘Trilho das Árvores Notáveis’ será uma realidade até à primavera. Irá levar os visitantes ao encontro das árvores que se destacam na mata, como um eucalipto com 76 metros de altura ou o cedro de São José, plantado pela Ordem dos Carmelitas Descalços há 375 anos.
O novo trilho junta-se ao ‘Trilho dos Famosos’, que levou várias figuras públicas à mata, onde plantaram uma árvore. Há ainda os trilhos da ‘Floresta Relíquia’, ‘Água’, ‘Militar’, ‘Adernal’ e ‘Via-Sacra’.
Ermida mostra estilo simples carmelita
Na Ermida de São José, um dos edifícios junto aos que compõem os Passos da Via- -Sacra, será construída uma recriação do que eram as condições de vida dos membros da Ordem dos Carmelitas.
Mobiliário usado na altura, forma de viver e vestir fazem parte da representação que levará o visitante ao tempo e à forma simples e isolada de viver da comunidade religiosa.
A Via-Sacra é uma das grandes atrações e tem mais de três séculos. É uma encenação dos locais de Jerusalém por onde Jesus Cristo passou – desde que foi condenado à morte, até ao túmulo. A Via-Sacra tem uma extensão com perto de três quilómetros.
Um Convento que também é museu
Após as obras, será ainda possível subir à Torre Sineira do edifício e obter uma fantástica vista sobre os jardins e a mata. As terras do Buçaco foram doadas aos Carmelitas Descalços, em 1628, pelo bispo de Coimbra, com o objetivo de que ali fosse construído um mosteiro.
Os monges ergueram um muro com mais de cinco quilómetros para rodear os seus terrenos e construíram o Convento de Santa Cruz, integrado na vegetação. Com as obras, o Convento de Santa Cruz ficará mais atrativo e honrará a história do local.
Músicas do mundo na mata
O ‘Sons do Bussaco’ é um festival que leva à mata artistas de todo o mundo para a realização de concertos intimistas. A 3.ª edição do festival realiza-se, este ano, a partir de maio e decorre ao longo de vários meses. A tranquilidade do espaço é assim invadida por sons diferentes, que tornam o local ainda mais misterioso e mais cativante.
Arte para as crianças em toda a mata
O Catrapim - Festival de Artes para Crianças chega à Mata Nacional a 29 e 30 de junho, com espetáculos de teatro, música, marionetas, showcooking ou malabarismo, entre outras artes. A animação decorre em nove palcos espalhados pela floresta. Conta com uma componente educativa e de sensibilização ambiental.
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