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MPLA vence eleições em Angola com 61,10%, segundo novos resultados provisórios

UNITA surge com 26,71%.

23 de agosto de 2017 às 07:21

Os novos resultados provisórios da eleições em Angola, apresentados pela Comissão Nacional Eleitoral, dão a vitória ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) com 61,10%. O principal partido da oposição, a UNITA, surge no segundo lugar com 26,71%.

Nos resultados provisórios anunciados esta quinta-feira, quando estavam escrutinados os votos de 5.938.853 dos 9.317.294 eleitores inscritos, o MPLA alcançava 64,58% dos votos expressos.

Primeiros resultados provisórios, segundo a CNE (apresentados na quinta-feira)

MPLA anuncia vitória por maioria qualificada

O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) anunciou esta quinta-feira que, com cinco milhões de votos escrutinados em todo o país, tem a "maioria qualificada assegurada" e a eleição de João Lourenço para Presidente da República.

A informação foi transmitida hoje, cerca das 11h50, na sede nacional do MPLA, em Luanda, pelo secretário do Bureau Político, para as questões políticas e eleitorais, João Martins, em declarações aos jornalistas.

"Temos vindo a fazer a compilação dos dados que os nossos delegados de lista nos têm remetido, das atas síntese que obtiveram das assembleias de voto a nível de todo o país. E, numa altura em que temos escrutinado acima de cinco milhões de eleitores, o MPLA pode garantir que tem a maioria qualificada assegurada", disse.

MPLA diz que vitória eleitoral é "inequívoca"

O secretário do Bureau Político do MPLA para as questões políticas e eleitorais, João Martins, já tinha anunciado que a vitória daquele partido, no poder em Angola desde 1975, nas eleições gerais de quarta-feira, é "inequívoca, praticamente incontornável".

O responsável falava aos jornalistas na sede nacional do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), em Luanda, no final de uma reunião destinada a fazer o balanço preliminar das eleições gerais.

"A vitória do MPLA é inequívoca, praticamente incontornável, e ela está-se a consolidar em termos numéricos e acreditamos que nas próximas horas já podemos começar a anunciar os números que são ansiados pelos cidadãos", disse João Martins, na mesma declaração, logo após o cabeça de lista e vice-presidente do partido, João Lourenço, ter abandonado a sede do partido.

UNITA contesta anúncio de vitória e pede resultados à CNE

"Não sei de onde o MPLA está a tirar este resultado. Nós estamos a falar daquele que é o resultado real, e que estamos à espera que a CNE tenha coragem de divulgar. Não sabemos porque não o fez até agora", disse à agência Lusa Raúl Danda.

MPLA acusa oposição de querer inviabilizar processo eleitoral

Aquele dirigente reagia hoje, em declarações à imprensa, ao anúncio oficial dos últimos resultados provisórios das eleições gerias de quarta-feira, que dão a vitória ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), com 61,70% dos votos alcançados nas eleições gerais angolanas, e a eleição de João Lourenço para novo Presidente da República.

Segundo João Martins, o processo eleitoral angolano tem estado a merecer uma avaliação positiva, por parte dos observadores nacionais e internacionais, mas os últimos pronunciamentos dos partidos da oposição, revela que não querem "ver os resultados definitivos publicados".

Ana Gomes (PS) lamenta a não divulgação de resultados parciais

"É preocupante não estarem a ser divulgados os resultados parciais", declarou Ana Gomes à agência Lusa, realçando que a CNE tem estado a anunciar os "apenas números globais" por cada força política, à medida que são escrutinadas mais mesas de voto.

Para Ana Gomes, "a agregação e tabelação das votações é absolutamente fundamental" para que as eleições gerais em Angola ou noutros países possam ser validadas internacionalmente.

"A divulgação dos resultados parciais é muito importante para a transparência de um processo eleitoral", como aconteceu nas últimas eleições legislativas em Timor-Leste, em julho, cujos procedimentos de contagem e divulgação de resultados foram enaltecidos pela deputada socialista ao Parlamento Europeu.

Tomando o exemplo de eleições em diferentes países que acompanhou nos últimos anos como observadora, alertou que "é na fase da contagem que muitos truques se fazem".

UNITA denuncia detenções no Huambo

A UNITA, maior partido da oposição angolana, denunciou esta quinta-feira a detenção pela polícia, de várias pessoas, em número ainda por apurar, na província do Huambo, na quarta-feira, dia do processo de votação para as eleições gerais angolanas.

A informação foi hoje avançada pelo secretário provincial do Huambo da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Liberty Chiaka, que fala igualmente em alegados disparos efetuados pela polícia para dispersar as pessoas.

Contagem começou ao final da noite

A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de Angola informou, ao final da noite desta quarta-feira, que está a decorrer a contagem nas mesas de voto das eleições gerais de quarta-feira, processo que permitirá a elaboração das atas de operações eleitorais e síntese do processo de votação.

Em conferência de imprensa, a porta-voz da CNE, Júlia Ferreira, avançou que a contagem dos votos é feita nas mesas de voto e posteriormente elaboradas as atas, que são igualmente entregues aos delegados de lista das forças políticas concorrentes presentes mesas de voto.

Segundo Júlia Ferreira, as atas são entregues às comissões municipais eleitorais e posteriormente remetidas às comissões provinciais eleitorais, para efeitos de apuramento provincial.

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