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Blinken insiste em "pausas humanitárias" e rejeita cessar-fogo em Gaza

Responsável pela diplomacia norte-americana considera que tal cessar-fogo apenas "manteria o Hamas no lugar".

04 de novembro de 2023 às 17:35

O secretário de Estado norte-americano Antony Blinken reiterou este sábado que os Estados Unidos apoiam "pausas humanitárias" no conflito entre Israel e o Hamas, mas rejeitam os apelos de "cessar-fogo" exigidos pelos países árabes.

"Os Estados Unidos acreditam que todos estes esforços serão facilitados por estas pausas humanitárias", disse Blinken numa conferência de imprensa, em Amã, sobre os esforços para poupar os civis palestinianos e acelerar a entrega de ajuda à Faixa de Gaza.

O responsável pela diplomacia norte-americana falava ao lado dos homólogos do Egito e da Jordânia, após uma reunião ministerial em Amã com cinco países árabes.

O ministro responsável pelos assuntos estrangeiros da Jordânia, Ayman Al-Safadi, pediu "o fim da guerra" em Gaza, falando em "crimes de guerra" de Israel.

"Não aceitamos a noção de autodefesa", disse, enquanto o homólogo egípcio, Sameh Choukri, exigia um "cessar-fogo imediato e incondicional".

Por seu lado, Blinken reiterou que os Estados Unidos consideram que tal cessar-fogo apenas "manteria o Hamas no lugar", expondo as perceções divergentes do conflito entre os Estados Unidos, Israel, por um lado, e os países árabes, por outro.

O secretário de Estado norte-americano vai deslocar-se à Turquia este domingo e segunda-feira no âmbito da sua visita ao Médio Oriente, anunciou hoje Departamento de Estado.

A 7 de outubro, o Hamas -- classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - efetuou um ataque de dimensões sem precedentes a território israelita, fazendo mais de 1400 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.

Iniciou-se então uma forte retaliação de Israel àquele enclave palestiniano pobre, desde 2007 controlado pelo Hamas, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que completou na quinta-feira o cerco à cidade de Gaza.

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