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Atentado no Charlie Hebdo "não é comparável" ao do Texas

Dois jornalistas da redação francesa rejeitaram semelhanças entre os ataques.

05 de maio de 2015 às 03:10

Dois jornalistas do Charlie Hebdo rejeitaram eventuais semelhanças entre o atentado ao jornal satírico francês e o ataque ocorrido no domingo visando um concurso de caricaturas de Maomé no Texas (EUA).

"Não há qualquer comparação possível", realçou Jean-Baptiste Thoret, crítico de cinema do Charlie Hebdo, que escapou ao atentado de janeiro porque chegou atrasado ao trabalho, em declarações ao jornalista Charlie Rose da televisão norte-americana PBS, segundo uma transcrição da entrevista divulgada na segunda-feira. "Como referiu, vocês têm um tipo de movimento anti-islâmico [no Texas] (...) e o problema do Charlie Hebdo não é de todo o mesmo, frisou.

Dois homens armados foram abatidos no domingo pela polícia de Garland, nos subúrbios de Dallas, quando se aproximaram de carro do Curtis Culwell Center, onde decorria um concurso de caricaturas do profeta Maomé, abrindo fogo.

Não organizamos concursos

Gérard Biard, chefe de redação do jornal satírico, acrescentou: "Não organizamos concursos. Só fazemos o nosso trabalho. Comentamos as notícias. Quando Maomé 'salta' para as notícias, nós desenhamos Maomé".

A 7 de janeiro, a redação do Charlie Hebdo foi atacada por dois 'jihadistas', que mataram 12 pessoas, incluindo cinco caricaturistas, entre os quais o diretor do jornal Stéphane Charbonnier.

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