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Catarina Martins acusa Governo de ser o melhor gestor do setor privado da saúde

Candidata presidencial considerou que os acontecimentos que se têm verificado "é o resultado de uma falta de investimento que se prolongou por muitos anos".

26 de novembro de 2025 às 14:23

A candidata presidencial Catarina Martins acusou esta quarta-feira o Governo de ser o melhor gestor de recursos humanos do setor privado da saúde ao baixar a contratação no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

"Os profissionais que não contratamos e que precisávamos para o SNS vão trabalhar para o privado e assim aumenta um negócio de saúde que é elitista, enquanto a maioria da população fica desprotegida no seu acesso à saúde", lamentou a antiga líder do Bloco de Esquerda (BE).

Em Coimbra, em declarações aos jornalistas, antes de participar num painel do OppAttune Winter Academy Programme, Catarina Martins disse que um dos problemas de Portugal é a falta de investimento nos serviços públicos ao longo de muitos anos para darem resposta.

Dando como exemplo o SNS, a candidata presidencial considerou que os acontecimentos que se têm verificado "é o resultado de uma falta de investimento que se prolongou por muitos anos".

"Sabermos hoje que o Governo decidiu baixar as contratações para o SNS é muito perigoso, porque isso quer dizer que, se não vai haver mais médicos e profissionais de saúde, as pessoas das duas uma -- quem paga vai ao privado e quem não pode vai esperar até ser tarde de mais", sustentou.

Para a Catarina Martins, o anúncio efetuado esta quarta-feira pelo Governo da nomeação do juiz Carlos Alexandre para liderar a Comissão de Combate à Fraude no SNS "não vai resolver nenhum problema".

"Para quem não percebe de saúde já temos a ministra da Saúde e não está a resultar", enfatizou a candidata presidencial, salientando que o anúncio é uma "cortina de fumo para que não se discutam as responsabilidades próprias do Governo, que está a tirar recursos aos hospitais que respondem a qualquer pessoa".

Considerando que é necessário que os atos menos próprios da administração não fiquem sem responsabilização, toda a gente saber o que está a fazer o Governo, Catarina Martins acusou o Governo de "criar notícias para esconder o que está a fazer".

A propósito do projeto da Universidade de Coimbra sobre combate aos extremismos políticos, a antiga dirigente do BE considerou que, neste momento, existe "um enorme problema de desigualdade na União Europeia, em que quem vive do seu trabalho sente que o seu salário vale cada vez menos".

"E crescem extremismos que não pretendem dar solução a este problema, mas criar bodes expiatórios, culpando os miseráveis pela pobreza de quem vive do seu trabalho", disse.

Para a candidata presidencial apoiada pelo BE é "preciso salários dignos para todas as pessoas", como medida para a Europa no futuro contrariar as ideias de discriminação, violência e xenofobia.

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