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Centeno diz que "orçamento eleitoralista foi o de 2016"

Ministro das Finanças assegura saúde das contas públicas. Ao Negócios, explica porque não quer taxa sobre o imobiliário.

16 de outubro de 2018 às 21:31

O ministro das Finanças Mário Centeno assegurou que o Governo não se está a encostar demasiado à situação económica mundial, assegurando que está prevista uma possível "situação de desaceleração da economia mundial, que contagie a economia portuguesa", em entrevista esta terça-feira à TVI. 

Na entrevista cedida um dia depois da apresentação do Orçamento do Estado para 2019 (OE2019), o ministro das Finanças socialista recusou a hipótese de aumentar as cativações orçamentais para cumprir a meta do défice de 0.2%.

"Temos capacidade e margem para, em situação de desaceleração da economia mundial, que contagie a economia portuguesa, deixar funcionar os estabilizadores automáticos", afirmou Centeno, referindo-se Às teorias de que pode estar a chegar uma nova recessão.

Relativamente às críticas de que o OE2019 foi feito a pensar nas eleições do próximo ano, Centeno afirmou: "Eleitoralista foi o Orçamento de 2016, que permitiu ao país ganhar credibilidade e sair do Procedimento por Défices Excessivos. Todos os outros vêm na sequência deste", explicando que eleitoralista é "um Orçamento que tem políticas económicas credíveis".

Centeno justificou a não actualização dos escalões do IRS à taxa de inflação com o "efeito financeiro a dois anos da atualização dos escalões".

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Mário Centeno explica escolhas do Orçamento do Estado

"Se o nosso objectivo é controlar uma subida de preços num mercado que está fortemente condicionado pela disponibilidade de casas, como nós temos uma restrição muito forte do lado da oferta, se nós colocarmos um imposto sobre esse mercado o mais provável é que os preços subam e não que desçam", afirma o ministro das Finanças numa entrevista ao Negócios, que será publicada na edição desta quarta-feira, 17 de Outubro e da qual a CMTV pasosu um excerto, esta terça-feira.

"O mais provável é que quem acabasse por pagar essa taxa não fosse o especulador, mas sim quem compra ao especulador, porque isto é o que acontece em economia", acrescenta Mário Centeno.

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