"Nenhum ditador deve subestimar a determinação dos EUA", diz Donald Trump.
1 / 15
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou este domingo, no arranque da sua primeira visita oficial à Ásia, que a Coreia do Norte constitui "um grande problema" que tem de "ser resolvido.
"Houve 25 anos de fraqueza total" relativamente à forma de lidar com a Coreia do Norte, disse aos jornalistas que seguiam a bordo do Air Force One, que aterrou hoje no Japão, a primeira etapa da viagem de mais de dez dias à Ásia, que inclui ainda Coreia do Sul, China, Vietname e Filipinas.
Analistas têm advertido que a presença do Presidente dos Estados Unidos na Ásia pode desencadear uma ação provocadora por parte da Coreia do Norte, como a realização de um teste de míssil.
Questionado sobre essa possibilidade, Donald Trump respondeu: "Vamos descobrir em breve".
"Nenhum ditador deve subestimar a determinação dos Estados Unidos"
O Presidente norte-americano afirmou hoje, no arranque da sua primeira visita oficial à Ásia, que "nenhum regime nem nenhum ditador deveriam subestimar a determinação dos Estados Unidos", numa referência velada à Coreia do Norte.
Donald Trump falava na base aérea de Yokota, a 40 quilómetros de Tóquio, diante das tropas norte-americanas destacadas no Japão, a primeira etapa da sua visita de mais de dez dias à Ásia que inclui ainda Coreia do Sul, China, Vietname e Filipinas.
Apesar de não ter mencionado diretamente a Coreia do Norte, advertiu que "nenhum país pode impor-se às capacidades militares norte-americanas", e assinalou que as tropas dos Estados Unidos "não irão vacilar nem um instante diante de qualquer ameaça".
Durante a viagem a bordo do Air Force One, Trump afirmou, citado pela Casa Branca, que a ameaça da Coreia do Norte será um dos "principais temas" da sua visita à Ásia, uma vez tratando-se de "um dos maiores problemas para os Estados Unidos e para o mundo" que tem de "ser resolvido".
"Os últimos 25 anos foram de fraqueza total, pelo que agora apostamos num enfoque muito diferente", afirmou Trump sobre o endurecimento da sua retórica relativamente ao regime liderado por Kim Jong-un.
O Presidente norte-americano indicou ainda que "muito em breve" irá tomar uma decisão sobre a possibilidade de voltar a incluir a Coreia do Norte na lista dos países "patrocinadores do terrorismo", da qual o regime de Pyongyang saiu em 2008, durante a presidência do republicano George W. Bush.
O fim da designação da Pyongyang como Estado patrocinador do terrorismo resultou de negociações entre a Rússia, os Estados Unidos, o Japão, a China e as duas Coreias, para pôr um fim ao programa atómico militar daquele país.
Durante a sua intervenção diante das tropas norte-americanos em Yokota, Trump também enfatizou a importância da aliança entre Washington e Tóquio, elogiando os "enormes sacrifícios" dos militares destacados na Ásia que "têm contribuído para a paz e a estabilidade" da região.
"Não me ocorre um lugar melhor do que esta base para iniciar a minha visita à Ásia", realçou, ao assinalar que Yokota "é uma das melhores bases operacionais do mundo", a partir donde foram lançadas operações "cruciais" durante a Guerra da Coreia (1950-53) ou a missão de ajuda após o terramoto e tsunami que devastou o Japão em março de 2011.
O Japão é um "aliado e parceiro fundamental, além de um belo país com gente maravilhosa", disse Trump, manifestando "profundo respeito e grande admiração pela sua cultura e pela sua honrosa história", diante de milhares de soldados norte-americanos e japoneses em Yokota.
Trump dirigiu-se às tropas norte-americanas poucos minutos depois de chegar ao Japão, tendo trocado o fato por vestuário militar com as insígnias de "comandante em chefe" das Forças Aéreas do Pacífico (PACAF) dos Estados Unidos antes de proferir o discurso.
De Yokota, o Presidente dos Estados Unidos embarcou num helicóptero com destino ao clube de golfe golf Kasumigaseki Country Club de Saitama, a norte de Tóquio, onde foi recebido pelo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.
Após o almoço informal, os dois dirigentes, que já testaram a "diplomacia do golfe" em fevereiro, na Flórida, vão disputar uma partida na companhia do golfista profissional japonês Hideki Matsuyama, atual número quatro no 'ranking' mundial, segundo a agenda oficial citada pelas agências internacionais.
Este jogo de golfe tem um sabor particular para Shinzo Abe, dado a que há 60 anos o seu avô, Nobusuke Kishi, então primeiro-ministro do Japão, partilhou as alegrias do golfe com um outro Presidente norte-americano, Dwight Eisenhower.
Já à noite, os dois líderes, acompanhados pelas suas respetivas mulheres, vão jantar num prestigiado restaurante em Tóquio.
Na segunda-feira, o Presidente dos Estados Unidos vai reunir-se com o primeiro-ministro japonês, bem como os imperadores Akihito e Michiko, entre outras atividades.
A visita de Trump à Ásia, que inclui cinco países, estende-se por mais de dez dias, figurando como mais longa realizada por um Presidente dos Estados Unidos à região em mais de um quarto de século.
Pyongyang avisa Trump para evitar "atitudes irresponsáveis"
A Coreia do Norte avisou hoje Donald Trump para se abster de qualquer "ato irresponsável", no primeiro dia de uma viagem do Presidente norte-americano à Ásia, dominada pelas ameaças nucleares norte-coreanas.
Rodong Sinmun, o jornal do partido único no poder na Coreia do Norte, noticiou que certos norte-americanos defendem a destituição de Donald Trump e que as suas declarações controversas são suscetíveis de provocar "um desastre nuclear no continente americano".
O Presidente norte-americano, acrescenta o jornal, é "espiritualmente instável".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.