Francisco José Viegas encontra-se em casa em quarentena voluntária desde a semana passada.
O escritor viajou até à China, andou por Itália, dois dos principais focos do Covid-19, e esteve com o escritor Luís Sepúlveda, que se encontra internado num hospital em Espanha vítima do Covid-19. "Não tenho quaisquer sintomas. Estou de quarentena como medida de precaução", assegura o colunista do CM e comentador da CMTV.
"Estive na China, de onde regressei a 6 de janeiro - a minha mulher, que trabalha lá, veio de Pequim no dia 12 - e em Itália, na primeira semana de fevereiro. Estou bem, mas por precaução devo manter este isolamento durante esta semana, até completar 15 dias sobre o contacto com o Luís Sepúlveda", avança Francisco José Viegas, de 57 anos, que esteve com o escritor chileno, de 70, de quem é amigo, no encontro literário Correntes d’Escritas, realizado na Póvoa de Varzim entre 19 e 23 de fevereiro.
"Normalmente ele chama-me ‘gordito’ e abraçamo-nos. Ficámos a conversar, depois estivemos juntos no bar do hotel. Espero é que ele recupere depressa", desejou, preocupado.
Ao tomar conhecimento do estado de saúde de Sepúlveda, Viegas ligou para a linha SNS 24. "A SNS 24 foi absolutamente eficaz. Telefonei, fizeram um inquérito rigoroso e muito preciso, ligaram de volta passada meia hora e confirmaram dados, deram conselhos. Recomendaram que ficasse em casa mais esta semana. A minha empresa - Bertrand/Porto Editora - antecipou-se e logo de manhã pediu-me para trabalhar a partir de casa, bem como a todos os funcionários que estiveram na Póvoa. Todas as pessoas estão a ser apoiadas e contactadas permanentemente", conclui.