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Câmara da Póvoa de Varzim cria grupo para acompanhar situação de Luis Sepúlveda, diagnosticado com coronavírus

Escritor foi internado em Espanha depois de ter participado em festival literário, em Portugal.

01 de março de 2020 às 12:47

A organização do festival Correntes d'Escritas criou "um grupo de acompanhamento", depois de confirmar que o escritor chileno Luis Sepúlveda, que esteve no encontro, está infetado com o novo coronavírus, foi este domingo anunciado.

Em comunicado, a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim (Porto), que organiza o festival, explica que "foi constituído um grupo de acompanhamento" que "seguirá todas as recomendações" da Direção-Geral de Saúde.

A medida é tomada depois de ter sido confirmado que Luis Sepúlveda, um dos convidados do festival, está infetado com o novo coronavírus e hospitalizado em Espanha.

O jornal espanhol La Voz de Asturias noticiou no sábado que o escritor, de 70 anos, é o primeiro caso confirmado na região das Astúrias, em Espanha, e está em isolamento no Hospital Universitário Central das Astúrias, em Oviedo.

Segundo a publicação, o escritor e a mulher estiverem no festival Correntes d'Escritas entre 18 e 23 de fevereiro, os primeiros sintomas surgiram no dia 25, e Luis Sepúlveda procurou ajuda médica dois dias depois. A mulher também se encontra em isolamento naquela unidade de saúde, não estando ainda confirmado que está infetada.

A 21.ª do festival Correntes d'Escritas decorreu de 19 a 23 de fevereiro com a participação de quase uma centena de autores de expressão ibérica, de 14 nacionalidades, que participaram em várias atividades, como debates e encontros com público.

Segundo a organização do festival, o grupo de acompanhamento está "em contacto direto com as entidades responsáveis de saúde local, regional e nacional", remetendo "toda a comunicação sobre este assunto" para a Direção-Geral de Saúde.

A agência Lusa tentou, sem sucesso, obter mais esclarecimentos por parte da organização do evento literário.

O surto de Covid-19, detetado em dezembro na China e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou quase três mil mortos e infetou mais de 86 mil pessoas, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde.

Das pessoas infetadas, mais de 39 mil recuperaram.

No sábado, a Direção-Geral de Saúde (DGS) revelou que Portugal teve até hoje 70 casos suspeitos de infeção pelo novo coronavírus (Covid-19), dos quais 67 deram negativo e os restantes três aguardam resultados laboratoriais.

Segundo o boletim epidemiológico da DGS sobre o Covid-19, Portugal não registava, às 18:00 de sábado, nenhum caso de infeção.

O boletim apenas menciona os casos registados no país, excluindo os dois casos conhecidos de portugueses infetados pelo novo coronavírus hospitalizados no Japão.

Destes dois portugueses, Adriano Maranhão, o primeiro a ser infetado com o novo coronavírus, recebeu hoje alta hospitalar no Japão, depois de resultados negativos nas análises, segundo a sua mulher, Emmanuelle Maranhão.

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