Os EUA responsabilizaram esta terça-feira a Federação Russa pelo ataque a uma coluna humanitária na Síria e exigiu que Moscovo demonstrasse "rapidamente e de forma significativa" se continua comprometido com o acordo de cessar-fogo no país árabe.
O Governo norte-americano está seguro de que o ataque foi um "bombardeamento" executado ou pelas forças russas ou pelo regime sírio, o que "coloca muitas dúvidas sobre se os russos podem cumprir a sua parte" do frágil acordo negociado entre as duas potências, disse a jornalistas um alto funcionário do governo de Barack Obama, na Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque.
Um ataque aéreo a uma coluna motorizada com ajuda humanitária perto de Auram al Kubra, a oeste da província síria de Alepo, foi denunciado na segunda-feira pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Ataques aéreos na noite de segunda-feira a oeste de Alepo atingiram pelo menos 18 camiões carregados com ajuda humanitária e mataram 12 pessoas, algumas horas depois do anúncio por Damasco do fim da trégua nos combates negociado por russos e norte-americanos.
No total, pelo menos 32 civis foram mortos em Alepo e na sua província durante "raides intensivos" durante a noite de segunda-feira, segundo o OSDH.
Seis civis, entre os quais uma criança, foram mortos na cidade de Alepo, outros 22 no ocidente da província, dos quais 12 voluntários da organização Crescente Vermelho e condutores de camiões de ajuda humanitária atingidos em Orum al-Koubra, ee mais quatro no oriente da província, especificou ao OSDH, mencionando também a existência de dezenas de feridos.
Os camiões atingidos faziam parte de uma coluna de 31 veículos da ONU e do Crescente Vermelho sírio, que iam entregar ajuda a 78 mil pessoas em Orum al-Koubra, precisou o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric.