Candidato presidencial do Chega mostrou-se confiante, mantendo a promessa de se demitir caso Ana Gomes fique à sua frente.
O candidato presidencial do Chega mostrou-se confiante numa segunda volta eleitoral, mantendo a promessa de se demitir da liderança partidária caso Ana Gomes fique à sua frente, e reiterou acusações de boicote ao BE.
"Falta já muito pouco para o encerramento desta campanha e nós vamos continuar com esta convicção de que ficaremos em segundo lugar e com esperança de que [o resultado] permita uma segunda volta, com a bitola de ficar à frente de toda a esquerda", disse André Ventura, após visita ao Mosteiro da Batalha, Leiria.
O presidente do partido da extrema-direita parlamentar fora confrontado com as declarações do seu vice-presidente Pacheco de Amorim, que em entrevista à agência Lusa admitira como "positivo" um resultado de 10%.
"Dez por cento poderá ser bom se todos os outros da esquerda tiverem menos que 10%. Eu estou convencido de que vamos ter muito mais. Em relação ao caso específico da dra. Ana Gomes, é importante -- não é uma questão pessoal -, mas para redefinir o espaço político português. Se não ficar [à frente de Ana Gomes], teremos de ter consequências e eu já disse quais eram", disse.
Ventura, que já na véspera acusara o BE de "espionagem" e "perseguição", reiterou hoje as imputações aos bloquistas e à concorrente Marisa Matias, afirmando que aquela força política tem "um dedo" nos constantes protestos de que foi alvo ao longo da campanha eleitoral.
"É muito estranho que um funcionário de um partido decida, por sua livre e espontânea vontade, fazer uma manifestação contra uma campanha presidencial. O BE está a meter a mão nos nossos eventos e a tentar boicotar a minha campanha", frisou, referindo-se à primeira manifestação de todas, no arranque do período oficial de propaganda, em Serpa.
Naquela ocasião, terá sido, segundo Ventura o funcionário do grupo parlamentar bloquista Alberto Manuel da Cunha Matos a fazer o pedido de manifestação junto daquela autarquia do distrito de Beja.
O líder nacional-populista repetiu hoje que vai apresentar queixas à Comissão Nacional de Eleições (CNE) e à Polícia de Segurança Pública (PSP) sobre o assunto.
Ainda na terça-feira, os responsáveis do BE negaram qualquer ligação à organização de manifestações contra o candidato presidencial do Chega, considerando as acusações de Ventura "mentirosas" e "absurdas".
"Eu não ouvi foi [o BE] repudiar aquele senhor que organizou a manifestação em Serpa. Não me venham com conversas de que está ligado a associações [de apoio a imigrantes]. Foi ele que organizou aquilo e está lá o nome dele. São factos de mais e suspeições a mais", sublinhou.
Ventura criticou ainda o processo de voto antecipado em mobilidade, no passado fim de semana, porque o considerou "mal-organizado", embora reconhecendo "que não é fácil".
Questionado sobre a potencial alta taxa de abstenção devido à pandemia de covid-19, Ventura disse: "Vamos ter uma afluência que - eu acho - vai ser acima das expectativas porque as pessoas estão motivadas para votar. Temos o dever, de saúde pública, mas também político, de não pôr as pessoas à espera, horas e horas, porque, se não, o risco é o de muitas não irem votar e dizermos na noite de 24 [de janeiro] que o resultado foi este porque [os portugueses] não foram votar".
Ventura deixou um apelo ao Ministério da Administração Interna "que providencie para que não se repitam as grandes filas de votantes".
"Eu quero que todos vão votar. Fique com um bom ou mau resultado, quero ter o orgulho de dizer que tive um bom resultado numa eleição muito disputada", concluiu.
As eleições presidenciais realizam-se em plena epidemia de covid-19 em Portugal no domingo, sendo a 10.ª vez que os cidadãos portugueses escolhem o chefe de Estado em democracia. A campanha eleitoral começou no dia 10 de janeiro e termina sexta-feira (22 de janeiro).
Há outros seis candidatos: o incumbente Marcelo (apoiado oficialmente por PSD e CDS-PP), a diplomata e ex-eurodeputada do PS Ana Gomes (PAN e Livre), o eurodeputado e dirigente comunista, João Ferreira (PCP e "Os Verdes"), a eurodeputada e dirigente do BE, Marisa Matias, o fundador da Iniciativa Liberal Tiago Mayan e o calceteiro e ex-autarca socialista Vitorino Silva ("Tino de Rans", presidente do RIR - Reagir, Incluir, Reciclar).
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