A edição de hoje
Protestos foram os maiores de sempre no país.
Nas maiores manifestações de sempre no país, milhões de pessoas exigiram no domingo nas ruas do Brasil a destituição da presidente Dilma Rousseff e a prisão por corrupção do ex-presidente Lula da Silva. Só no Rio de Janeiro, onde a maior manifestação local anti-Dilma, em 2015, reunira 60 mil pessoas, um milhão lotou no domingo completamente a avenida Atlântica, de Copacabana ao Leme.
Em Brasília, onde no ano passado os opositores de Dilma reuniram 45 mil pessoas, no domingo mais de 100 mil concentraram-se na esplanada dos Ministérios. Em São Paulo, onde em 2015 a oposição reuniu um milhão de pessoas, os protestos de domingo, duas horas antes do horário marcado para o seu arranque, já reuniam centenas de milhar de manifestantes na avenida Paulista.
Temendo a repetição em escala nacional dos confrontos registados nos últimos dias entre opositores e aliados de Lula e de Dilma, as forças de segurança colocaram nas ruas grandes efetivos para garantir a tranquilidade dos atos, dominados na maior parte dos casos pelo bom humor. Em várias cidades, manifestantes foram às ruas fantasiados de Lula vestido como prisioneiro, alguns até segurando grades, e em Brasília um carro representou o apartamento de luxo que o Ministério Público diz que o ex-presidente recebeu como luvas de uma construtora envolvida no caso Lava Jato.
Ao contrário de 2015, políticos da oposição compareceram em peso nas manifestações de ontem, principalmente na avenida Paulista, entre os quais os ex-candidatos presidenciais Aécio Neves e José Serra, e Geraldo Alckmin, atual governador de São Paulo. A senadora Marta Suplicy, que hoje é contra o governo mas militou a vida inteira no Partido dos Trabalhadores, foi forçada a deixar o protesto perante a hostilidade dos manifestantes.
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