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Médico que descobriu síndrome de Asperger era aliado nazi

Hans Asperger indicou crianças para serem mortas através de injeção letal ou em câmaras de gás.

19 de abril de 2018 às 15:49

Asperger indicou crianças com deficiência para a clínica ‘Am Spiegelgrund’ de Viena, onde cerca de 800 crianças morreram, sob o regime nazi. Quem nos diz é o médico e historiador Herwig Czech, através de um artigo publicado na revista Molecular Autism.

"O programa (de eutanásia infantil) serviu ao objetivo nazi de projetar uma sociedade geneticamente ‘pura’, eliminando as vidas de quem possa ser considerado um ‘fardo’", afirma o investigador.

Pela sua lealdade, o médico austríaco foi recompensado com oportunidades de carreira. Em 1938, descreveu pela primeira vez um grupo de crianças com a condição de ‘psicopatas autistas’, assinando também relatórios com ‘Heil Hitler’.

A síndrome de Asperger, uma forma leve de autismo, recebeu esse nome pelo contributo de Hans Asperger, pioneiro na pesquisa sobre autismo. No programa de 'eutanásia' infantil, o médico examinou mais de 200 pacientes, dos quais 35 foram considerados 'ineducáveis' e mortos por injeção letal e em câmaras de gás.

Asperger morreu em 1980, aos 74 anos, e sabe-se agora que cooperou ativamente com o programa nazi.

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