O escritor norte-americano Benjamim Moser explicou hoje, no Festival Literário da Madeira, como o inglês tem esse lado terrível de ser praticamente a única via para divulgação de autores, em termos de mercado literário internacional.
"Pelo inglês, uma escritora de língua portuguesa pode chegar à Turquia, à Suécia e à Coreia. Quem não chega ao inglês, pode ser o melhor escritor, mas não vai além do seu país", disse o investigador, biógrafo da escritora brasileira Clarice Lispector, que a traduziu para inglês, para a divulgar a sua obra, pela qual tem - como confessou - a maior paixão.
"Foi um pouco a minha maldade: queria trazê-la para o inglês, para depois se poder espalhar pelo mundo" a sua obra, disse Benjamin Moser. "No Brasil dão mais valor a uma escritora brasileira no New York Times do que no Folha de São Paulo".
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