O músico e vencedor do Festival da Eurovisão de 2017 revela como lidou mal com a fama e anuncia novo disco para outubro.
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Salvador Sobral, o grande vencedor do Festival da Eurovisão, anunciou que o seu próximo álbum em nome próprio deverá sair em outubro e revelou que depois da vitória, a primeira de Portugal no certame, se "fartava de chorar".
Em entrevista ao Público, o músico afirmou sentir o encargo de ter trazido o festival a Lisboa. "É horrível o que vou dizer, mas é verdade! Penso que se houver um ataque terrorista a culpa é minha! Em Lisboa, felizmente, nunca aconteceu nada do género, e dou por mim a ter esse tipo de pensamentos", revelou.
Terminada a Eurovisão, cuja final acontece no dia 12 de Maio, Salvador Sobral espera "passar o testemunho e deixar de ser encarado como o vencedor do festival — porque vai haver um novo ganhador — e voltar a ser apenas o Salvador Sobral da música". No entanto, reconhece que não se livra "de ter sido o primeiro a fazê-lo" e que não sabe se Portugal teria "dinheiro para voltar a receber um festival destes".
Em 2017, defende, Amar Pelos Dois ganhou a Eurovisão porque "prevaleceu a aposta na diferença". "Era uma canção rica harmonicamente, melódica e liricamente. E também emocionalmente. Tinha conteúdo. Era a melhor canção e não tenho vergonha de o dizer, só porque sou eu que a canto. É verdade. Era mesmo a melhor", reforça.
Um ano depois da fama repentina, Salvador Sobral garante que a olha "com mais tranquilidade": "Antes bateu-me mal tudo aquilo (…). Não estava preparado. Quando cheguei a Portugal, depois da vitória, foi duro. Fartava-me de chorar. Dizia para mim próprio: "O que é que fui fazer?" Não podia sair à rua. Mas depois o tempo foi passando, estive todo aquele tempo no hospital por causa da operação e as pessoas foram percebendo, mais ou menos, como sou, e respeitam-me. Já perceberam que não gosto de tirar fotos, por exemplo. Dizem que gostam muito do meu trabalho e eu agradeço". Há ainda taxistas que lhe oferecem a viagem, ou pessoas que "são muito protectoras": "Se peço um hambúrguer são capazes de me dizer: ‘Tem a certeza?’"
Enquanto esteve no hospital onde realizou um transplante de coração, o músico manteve "o máximo de tranquilidade e discrição". "Nem sequer os meus amigos via no hospital. Era só a minha família." Conta ainda que a sua voz mudou, depois da cirurgia. Desde Março que tem tocado com diversos grupos e viajado muito a Paris para "passear e ler". "Adoro ir para Paris, ainda por cima eles lá são uns cabrões! Tratam-me mal e eu adoro…", brinca.
O novo álbum terá colaborações de Gonçalo M. Tavares, Miguel Esteves Cardoso, Samuel Úria, Júlio Resende e Mário Laginha. Deverá ter uma música em francês, outra em espanhol e outra ainda em inglês. Salvador Sobral vai fazer digressões por Espanha, Polónia e Eslovénia. "A luta é mostrar que sou mais do que a Eurovisão. (…) Não quero ficar vinculado como o vencedor da Eurovisão, mas sim como o músico Salvador Sobral."
E não receia cantar em outras línguas: "O verdadeiro idioma é a música, não é a língua. Posso cantar em qualquer língua, se a canção for bonita e me fizer pleno sentido."
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