Deputado critica falta de recursos. Administração diz que situação está normalizada.
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O PSD considera que a situação das urgências no Algarve configura uma "intolerável desproteção dos cidadãos" e alerta para o "colapso dos serviços" de saúde na região.
Em comunicado, o deputado social-democrata Cristóvão Norte afirma que se regista na atual época festiva uma "gritante desarticulação e incapacidade de resposta dos serviços de saúde" no Algarve, lembrando que há mais de um milhão de pessoas na região nesta altura do ano.
"Tal resulta, desde logo, da insuficiência de recursos humanos, em particular médicos, facto que foi tornado público em meados de dezembro e, não obstante compromissos públicos, não veio a ser resolvido. Os quadros de necessidades não estavam assegurados e os serviços de saúde, nalguns casos, segundo informações recolhidas, estão a funcionar com metade dos recursos necessários", refere o comunicado do PSD.
Os sociais-democratas referem sobretudo o atendimento nas urgências do hospital de Faro, com casos de espera de 20 horas, tal como a Ordem dos Enfermeiros e a Ordem dos Médicos já indicaram.
Segundo o PSD, hoje e na segunda-feira há indicações para as ambulâncias serem desviadas dos centros de saúde para as urgências do hospital de Faro.
"Tal procedimento apenas se verifica quando faltam médicos nos Centros de Saúde e não se consegue assegurar o nível da oferta assistencial", refere o deputado Cristóvão Norte.
Para o PSD esta situação é "uma demissão de quem foi advertido desta situação e uma intolerável desproteção dos cidadãos".
"Temos mais de um milhão de pessoas no Algarve e menor acesso à saúde do que quando somos 400.000 (...). É o colapso dos serviços", considera a nota do PSD, que pede ao Governo que tome medidas de exceção para regularizar a situação nos próximos dias.
Administração do hospital diz que situação está "normalizada"
O atendimento nas urgências do hospital de Faro está normalizado, depois de entre sexta-feira e sábado ter havido "um pico" na afluência, com utentes a esperarem várias horas para serem atendidos, disse este domingo à Lusa fonte hospitalar.
De acordo com o gabinete de comunicação do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), "o atendimento no Serviço de Urgência (SU) foi normalizado ao início da noite de sábado, mantendo-se este domingo os tempos normais para o atendimento dos utentes".
Segundo a mesma fonte, o aumento do tempo no atendimento "deveu-se a um pico anormal na afluência de utentes à urgência, situação que foi ultrapassada".
Na sala de espera do Serviço de Urgência do hospital de Faro, onde cerca de 20 utentes aguardavam para serem atendidos, o ambiente era calmo e o atendimento decorria com normalidade, conforme constatou a Lusa no local.
Alice Martins, de 68 anos, uma das utentes disse à Lusa que "o atendimento foi rápido", depois de ali se ter deslocado devido a problemas respiratórios.
"Na triagem deram-me a pulseira verde, mas não tive de esperar muito tempo para ser atendida. Esperei cerca de meia hora", referiu.
Outro utente confirmou o reduzido tempo de espera para ser atendido, depois de ter feito a triagem.
O elevado tempo de espera no Serviço de Urgência no hospital de Faro foi denunciado no sábado pela Ordem dos Enfermeiros (OE), referindo que os pacientes com pulseira laranja, a segunda mais grave do sistema de triagem (muito urgente, espera máxima de 10 minutos), terão chegado a aguardar seis horas para serem atendidos.
A Administração Regional de Saúde do Algarve recomendou aos utentes que se dirijam aos Centros de Saúde da região, cujos serviços médicos foram reforçados, numa altura em que se perspetiva um pico de casos de gripe, tendo também sido alargado o horário de atendimento naqueles serviços de saúde.
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