No Bully Portugal, congénere da associação americana com o mesmo nome, trouxe para o País uma abordagem baseada na empatia.
Inês Freire de Andrade sabe do que fala. Foi bully na escola primária e vítima de bullying no secundário. Por isso, quando, em 2016, fundou a No Bully Portugal, foi para tentar acabar com uma realidade complexa mas evitável. E porque habitualmente "nem colegas nem professores sabem muito bem como agir" perante as situações, é preciso dar-lhes os instrumentos que põem um ponto final nas agressões.
A No Bully Portugal, congénere da associação americana com o mesmo nome, trouxe para o País uma abordagem baseada na empatia: aprender a colocar-se na pele do outro, para perceber o que ele sente.
"O bully tem uma grande necessidade de protagonismo. Normalmente é isso que o move", explica Inês Freire de Andrade. "Mas podemos mostrar-lhe que pode continuar a brilhar sem magoar ninguém e devemos chamar a atenção para o sofrimento que está a provocar nos outros. A ideia é inverter papéis: o bully pode passar a ser herói da história, em vez do vilão", afirma ao Correio da Manhã.
A associação é formada por nove elementos fixos e envolve atualmente 15 formadores, entre psicólogos e profissionais de educação, que se deslocam às escolas para ajudar professores e auxiliares a sanarem os problemas entre alunos. Até ao momento, a No Bully conseguiu a adesão de 16 escolas de várias zonas do País. Mas a curto prazo quer duplicar esse número. Até ao fim deste ano letivo, estará em mais seis escolas. E o feedback tem sido positivo: não só as vítimas voltam a encontrar razões para se sentirem bem na escola, como os agressores têm mudado de atitude. "Impera a ideia feita de que os bullies não têm empatia. Que não querem saber de ninguém. Mas isso não é verdade. Não há más pessoas – há más ações. E as pessoas podem mudar, se lhes dermos oportunidade e a motivação para tal", conclui.
Formação para prevenir casos
Discurso Direto Carlos Luís Presidente do AE João de Deus, Faro CM-
– O agrupamento de escolas incentiva, de algum modo, as denúncias?
– Nós incentivamos essas denúncias e pedimos que as situações nos sejam reportadas para agirmos de imediato. Verifica-se é que, por vezes, há alguma confusão relativamente àquilo que é bullying e ao que são desavenças de crianças, que podem ser resolvidas de outra forma.
– Que tipo de acompanhamento existe das vítimas?
– Primeiro, passa por uma intervenção imediata da direção. Temos conversas com os pais e fazemos uma análise caso a caso: há casos em que comunicamos com a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens e com as autoridades, há casos em que aconselhamos o acompanhamento ao nível psicológico e outros em que conseguimos gerir a situação internamente.
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