Mourão e as ‘Candelarias’
Festividade religiosa termina a 2 de fevereiro com a missa solene no Castelo.
Tradicionalmente a temporada taurina em Portugal abre em Mourão com a Festa das Candelárias, coincidente com o "primeiro tempo sagrado" (dos celtas), chamado de Imbolc, que simbolizava a purificação e a fertilidade. O que afinal não será mais do que o fundamento genético da simbologia taurina a remeter-nos para a característica quase generalizada dos festejos raianos (e não só), onde a simbiose do religioso cristão com o culto pagão é uma realidade que a História confirma.
A festividade religiosa, que se inicia com a novena, termina a 2 de fevereiro com a missa solene no Castelo e a procissão vespertina desse mesmo dia, é precedida pela festa tauromáquica numa associação natural, quando Mourão se enche de forasteiros e da sua diáspora para prestar culto à Senhora das Candeias, que trás consigo a luz purificadora e a promessa de melhores dias com paz e pão nas mesas.
Diz a lenda que a Virgem apareceu a um pastor sobre umas moitas de tojos e a festa que lhe é dedicada, ano após ano, encerra com a procissão onde a sua imagem em pedra Ançã é transportada por equipas de seis moços que se vão revezando ao longo do percurso pelas ruas da vila, numa verdadeira festa de luz.
O cartaz taurino para este ano inclui Luís Rouxinol (pai e filho) a cavalo, forcados Amadores de São Manços, os matadores espanhóis El Cid e Manuel Escribano e ainda os novilheiros Lama de Gôngora e Juanito na lide de seis novilhos de Murteira Grave. Com a praça esgotada como de costume.
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