Uma gala de pouco brilho
Joaquim Bastinhas enfrentou um toiro encastado.
Na verdade, valeu pelo espetáculo do cortejo, pela excelente presença dos toiros de Mário Vinhas (muito justamente homenageado no inicio da corrida) e pela boa vontade dos cavaleiros e forcados, mas a Corrida de Gala no Campo Pequeno, em Lisboa, esteve um pouco longe do êxito esperado por um público que quase esgotou a praça.
Tomás Pinto, que confirmava a alternativa, esteve correto no que abriu praça, nobre e a cumprir, mas faltou um pouco mais de transmissão. A Joaquim Bastinhas calhou um toiro encastado, com investida pronta de qualquer terreno, que lhe permitiu o seu toureio alegre e variado, fechado com o habitual par a duas mãos pelo corredor, o que deu aso a chamada ao ganadero na volta à arena.
Não foi a noite de Antonio Telles, que só na base da experiência conseguiu sacar alguma coisa do terceiro, reservado e difícil que não permitiu luzimento. Vítor Ribeiro enfrentou outro toiro de comportamento incerto, sofreu um percalço de entrada e apenas veio acima numa boa série de curtos. Gilberto Filipe iniciou a lide do quinto animal com garbo, bons cites e vontade de agradar, mas o toiro foi a menos e só a boa vontade e o bom entendimento das condições do animal culminaram uma lide que prometia mais. Com Miguel Moura, e um toiro que ajudou, a fechar a corrida, houve sinais de toureio à altura da Gala, uma vez que o jovem cavaleiro de Monforte (que já é uma certeza), desenvolveu uma lide muito variada e artística, com remates toureiros que levaram entusiasmo às bancadas.
Nas pegas houve mais sorte para os de Montemor, com distinção para António Vacas Carvalho, João Braga e Filipe Mendes. Muito bem António Grave de Jesus e menos sorte para Lourenço Ribeiro e Ruben Gioveto, a quem tocaram os mais complicados.
Direção correta de Agostinho Borges, acolitado pelo dr. Miguel Matias.
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