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Indústria do cinema em choque com taxas de Trump

Setor cinematográfico já está a reagir a mais uma lei do Presidente que pode ter consequências severas. Presidente quer impor tarifas de 100% a todas as produções cinematográficas feitas no estrangeiro.

06 de maio de 2025 às 01:30

O setor cinematográfico norte-americano está em choque após Donald Trump ter anunciado que vai “autorizar” o Departamento de Comércio e o representante comercial dos Estados Unidos a impor uma tarifa de 100% sobre “todos e quaisquer” filmes produzidos em “países estrangeiros”, uma medida que, apesar do intuito protecionista, pode afetar dramaticamente uma grande parte da produção cinematográfica do país.

Numa mensagem publicada no Truth Social, Trump descreveu as produções estrangeiras como uma “ameaça à segurança nacional”, pois se, por um lado, os cineastas e estúdios “estão a ser aliciados com incentivos para trabalhar no exterior, trazem, por outro lado, “mensagens e propaganda” para dentro dos EUA.

Caso se concretize, a medida seria catastrófica para a indústria a nível global, pois todos os principais estúdios produzem filmes fora – veja-se as principais sagas de sucesso norte-americanas, ‘Velocidade Furiosa’, ‘Missão Impossível’ ou ‘James Bond’. As reações, entretanto, não se fizeram esperar. As primeiras foram na bolsa, com as ações de companhias como a Netflix, a Warner Bros ou a Paramount a caírem a pique. Países como a Austrália avisaram que vão proteger a sua produção de “choques globais”e até o lendário investidor Warren Buffett considerou as tarifas “um erro”. Ao jornal ‘Deadline Hollywood’, um veterano da distribuição francesa, não identificado, terá vaticinado que Trump “vai acabar com a indústria americana rapidamente, pois aumentará o custo dos seus filmes, que já não vendiam bem internacionalmente”. “Criar um incentivo para filmar nos EUA teria sido mais inteligente”, acrescentou.

Além da indústria, também no campo político se adivinha contestação: o gabinete de Gavin Newsom, vice-governador da Califórnia, diz aguardar por mais detalhes sobre a aplicação da lei, mas acredita que Donald Trump “não tem autoridade para impor este tipo de tarifas”.

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