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Casa cheia na corrida Vidas/CM

Público acorreu ao Campo Pequeno na noite de quinta-feira.

03 de junho de 2016 às 20:18

Um cartel bem rematado, com a curiosidade da confirmação de alternativa da francesa Lea Vicens, apadrinhada pelo nº1 espanhol, Pablo Hermosol, com testemunho de João Moura Jr., na ‘catedral’ do toureio a cavalo, atraiu bastante público ao Campo Pequeno na noite de quinta-feira.

Houve dignidade e cortesia nessa breve cerimónia, houve emoção e bom toureio em algumas atuações e houve sobretudo espetáculo de bom nível para quem aprecia a boa equitação no toureio a cavalo, ao qual apenas faltou um pouco mais de ‘chispa’ à bem apresentada corrida da divisa de Santa Maria.

A jovem rejoneadora francesa, uma excelente equitadora (que usa a mão esquerda como poucos) e que dispõe de uma boa quadra de cavalos todos ‘postos’ por ele, terá entrado nervosa pela diferença de ambiente e responsabilidade da estreia. O toiro da alternativa entrou a adiantar-se ao cavalo e a lide, irregular, mas com alguns ferros bem conseguidos, não a terão deixado satisfeita. No toiro que fechou a corrida, que cumpriu melhor, frente a uma toureira já mais segura e ambientada, deixou nota mais positiva da sua valia quer na escolha dos terrenos quer na brega e na consumação e remate das sortes, sem esquecer a demonstração da sua excelente ‘monte’.

Pablo Hermoso é um caso raro de intuição como cavaleiro de escol e toureiro de génio. Serve-se dos cavalos, ‘colocados’ com arte e saber, e movimentando-se na arena a mando de um toureio de espaços impossíveis, onde tudo parece simples e fácil porque é produto de trabalho e treino intenso. Ali, ciência e paixão juntam-se para um êxito estudado.

Deixou no Campo Pequeno, na quinta-feira, mais duas lições de alto nível que o público (todo o público, acrescente-se), aprecia e aplaude. Quase sempre de pé!

Não foi a noite de João Moura Jr., a quem tocaram os toiros de mais irregular investida e menos ‘encastados’, ressalvando-se três ferros curtos, no quinto da noite, com a sua marca. Muito dignamente, assinale-se, recusou sair à arena no final da sua primeira lide e limitou-se a agradecer nos médios após a lide de quinto.

Também não foi a noite dos forcados, pois as únicas pegas ‘limpas’ foram as dos cabos Amorim Lopes (Coruche) e Vasco Pinto (Alcochete). No mais pegaram, por Coruche, João Peseiro (valente) e António Tomás, e, por Alcochete, Fernando Quintela e João Machacaz.

Dirigiu a corrida, acolitado pelo Dr. Moreira da Silva, um senhor de nome João Cantinho, que vi pela primeira vez numa praça de toiros e não me pareceu muito ‘apaixonado’ pelo que acontecia na arena, muito embora com ar sério e cariz de bom funcionário sempre atento ao relógio!

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