A Cinemateca Portuguesa inicia na próxima quinta-feira um ciclo em que propõe revisitar a ligação entre o Cinema e o Fado com a exibição, entre outros, do primeiro filme sonoro português, ‘A Severa’.
Dirigido por Leitão de Barros, ‘A Severa’ (1930) foi rodado em Lisboa e inclui imagens da já demolida praça de toiros de Algés.
A actriz Dina Tereza, que encarna a figura de uma Severa cigana, seguindo o argumento baseado na peça homónima de Júlio Dantas, obteve com este papel grande êxito no Brasil, onde se fixou.
O filme será exibido no dia 23, às 19:30, numa "cópia nova e integral, resultado do processo de restauro efectuado pelo laboratório da Cinemateca", segundo nota da instituição.
O elenco do filme integra ainda António Luís Lopes, Ribeiro Lopes e o cavaleiro amador António Lavradio no papel de Conde de Marialva, título escolhido por os descendentes do 13.º Conde Vimioso, que foi o amante da fadista nascida em Lisboa em 1820, não terem autorizado a sua utilização.
‘CAPAS NEGRAS’ DE VOLTA
O ciclo abre quinta-feira às 21h30 com a curta-metragem de três minutos ‘Oiça lá ó Senhor Vinho’, realizada pelo fotógrafo Augusto Cabrita em 1971, com Amália Rodrigues cantando o tema de Alberto Janes.
Segue-se no ecrã o filme ‘Capas Negras’ (1947), de Armando Miranda, um melodrama que coloca em confronto apaixonado o fado de Lisboa, de Amália Rodrigues (‘Maria Lisboa’), com o de Coimbra interpretado por Alberto Ribeiro (‘José Duarte’, natural do Porto), um dos galãs da cena portuguesa daquela época.
A direcção musical é de Jaime Mendes e, entre os compositores, figura Frederico Valério, cujas canções no teatro de revista, onde Amália era "estrela", faziam sucesso desde 1940.
O elenco integra, além de Amália Rodrigues e Alberto Ribeiro, Artur Agostinho, Vasco Morgado, Graziela Mendes, Barroso Lopes e Humberto Madeira, entre outros.
ALDINA DUARTE MARCA PRESENÇA
No dia seguinte, sexta-feira, às 22h00, é exibido o documentário de Manuel Mozos ‘Aldina Duarte - Princesa Prometida’, que foi estreado em 2009.
A exibição conta com a presença do realizador e da fadista e poetisa Aldina Duarte, que no ano passado editou o seu terceiro álbum de estúdio, ‘Contos de fados’.
A ideia deste documentário surgiu das filmagens de ‘Xavier’, rodado em 1991, em que o realizador filmou a fadista interpretando ‘Novo fado da Severa’, um original de Frederico Freitas e Júlio Dantas, popularmente conhecido como ‘A Rua do Capelão’.
Este fado constituiu a banda sonora original do filme ‘A Severa’.
O documentário inclui uma actuação de Aldina Duarte no Palácio de Fronteira, em Lisboa, e ainda testemunhos de colaboradores, amigos e familiares, entre os quais a sua mãe e o encenador Jorge Silva Melo.
No dia 27 de Janeiro pelas 19h30 é exibida uma curta-metragem de 10 minutos, realizada em 1970, ‘Fados por Amália Rodrigues’, a que se segue o primeiro filme de Amália Rodrigues que lhe valeu o Prémio SNI para a Melhor Actriz de Cinema, ‘Fado - História de uma d'uma Cantadeira’, um melodrama de Perdigão Queiroga, realizado em 1947 e que muitos confundiram com a vida da própria fadista.
Além de Amália, que encarna o papel de Ana Maria, jovem de Alfama que graças ao seu talento se torna uma fadista popular, o elenco integra Virgílio Teixeira, António Silva, Vasco Santana, Eugénio Salvador, Alda de Aguiar e Érico Braga que se tornou no primeiro agente internacional da fadista.
O ciclo encerra no dia 31, às 19:30, com a exibição do documentário de estreia de Nicholas Oulman ‘Com que Voz’, que ganhou em 2009, no Festival Doc Lisboa, o Prémio para a Melhor Primeira Obra.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.