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Homem mata mulher por suspeita de traição

João Cardoso, Dinarte Branco e Maria João Pinho dão corpo aos protagonistas da peça.

08 de outubro de 2018 às 01:30

Nuno Carinhas voltou a pegar num texto de William Shakespeare e está determinado a repetir o sucesso alcançado com o anterior ‘Macbeth’, que foi visto por mais de 15 mil pessoas. ‘Otelo’ é o texto que se segue, já em cena no Teatro Nacional São João, no Porto, de onde se despedirá no próximo sábado, com a promessa de voltar em janeiro de 2019. Ao encenador interessava, na peça, a forma como esta trata das relações íntimas, como aborda problemas conjugais.

"Já era assim em Macbeth, onde a ação também girava em torno de um casal", diz Nuno Carinhas. "Daí que, para mim, fazer ‘Otelo’ dava seguimento lógico ao espetáculo anterior."

Além da conjugalidade, há outros temas que interessavam ao encenador. Como o facto de ‘Otelo’ abordar "a cumplicidade masculina e o isolamento feminino".

"Mais do que o ciúme, de que toda a gente fala, apetecia-me centrar-me na questão desta partilha de códigos dentro de uma sociedade profundamente machista, onde os homens detêm o poder e não têm diálogo com o lado feminino", explica Nuno Carinhas.

Iago lança a dúvida sobre a fidelidade de Desdémona, e o marido, Otelo, acredita. Não lhe passa pela cabeça questionar a mulher - e muito menos acreditar na sua inocência. Daí à morte da inocente vai um pequeno passo.

No palco, João Cardoso é Otelo, Dinarte Branco faz de Iago e Maria João Pinho interpreta Desdémona. O erro trágico deste herói shakespeariano? O encenador Nuno Carinhas defende que não é o ciúme, mas a falta de confiança em si próprio. Bilhetes à venda entre os 7,5 e os 16 euros.

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