A edição de hoje
Nascido no Porto em 1900, o escritor foi cônsul de Portugal em Oslo, entre 1926 e 1930, e começou a publicar poesia em 1948.
O escritor José Gomes Ferreira, falecido em 1985, autor de ‘As aventuras de João Sem Medo’, obra que cumpre este ano 50 anos de existência, é homenageado na quinta-feira, na Assembleia da República, numa iniciativa com a embaixada da Noruega, em Lisboa.
Nascido no Porto em 1900, o escritor foi cônsul de Portugal em Oslo, entre 1926 e 1930, e começou a publicar poesia em 1948.
Além de poesia, o autor, falecido em 1985, escreveu ficção, diários, memórias, ensaios e fez traduções de obras como a peça ‘A Casa de Bernarda Alba’, de Federico García Lorca.
A homenagem na Assembleia da República acontece a partir das 18h30, na sala do senado, após o fecho da sessão plenária, e conta, entre outros, com o seu filho, o arquiteto Raul Hestnes Ferreira, e a pianista Gabriela Canavilhas, deputada do PS.
Ulisses Pereira, deputado do PSD que preside o grupo parlamentar de Amizade Portugal-Noruega, abre a sessão, seguindo-se o testemunho do filho do poeta.
Alunos da Escola Secundária José Gomes Ferreira, em Lisboa, irão fazer "leituras dramatizadas", sendo a sessão encerrada com a atuação do coro da Assembleia da República e um recital de piano por Gabriela Canavilhas.
A pianista incluiu num recital, realizado no ano passado, em Lisboa, na Casa Fernando Pessoa, algumas peças compostas por José Gomes Ferreira, também pianista e compositor, formado no Conservatório do Porto.
O poeta é o autor de duas ‘Canções Heróicas’, compostas por Fernando Lopes-Graça. Politicamente, opôs-se ao presidencialismo de Sidónio Pais e, mais tarde, à ditadura do Estado Novo de Oliveira Salazar. Membro do Partido Comunista Português, chegou a candidatar-se a deputado nas listas da Aliança Povo Unido, que integrava este partido, com o Movimento Democrático Português, entretanto extinto.
José Gomes Ferreira foi condecorado com o grau de grande oficial da Ordem Militar de Sant'iago da Espada, pelo antigo Presidente da República António Ramalho Eanes.
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