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Morreu o fadista António Mourão

Artista era conhecido pelo tema 'Ó tempo volta para trás'.

19 de outubro de 2013 às 13:02

Morte do fadista António Mourão

O fadista, António Mourão, 78 anos, faleceu durante esta noite na Casa do Artista em Lisboa, segundo a agência Lusa. As causas da morte do cantor são ainda desconhecidas.

António Manuel Dias Pequerrucho, conhecido artisticamente como António Mourão, nasceu a 5 de Junho de 1935 no Montijo e ficou conhecido pelo tema "Ó tempo volta para trás". Anos depois, na década de 90, retirou-se do mundo da música.

BIOGRAFIA DO FADISTA

António Mourão, que morreu este sábado de madrugada na Casa do Artista, Lisboa, nasceu no Montijo a 05 de junho de 1935 e ganhou notoriedade em 1965 quando gravou o tema "Oh tempo volta para trás".

A voz de António Mourão começou a ser notada durante o Serviço Militar Obrigatório, quando principiou a cantar como amador em casas de fado em Lisboa.

Em 1964, foi contratado para a Parreirinha de Alfama, casa típica de fados de Argentina Santos, onde se estreou como profissional. Depois da Parereirinha de ALfama, foi contratado pelo fadista Sérgio para atuar na casa de fados Viela, em Lisboa, altura em que o seu nome é já muito rodado na Emissora Nacional.

Em 1965, o cantor ganhou notoriedade quando na revista "E viva o velho", no Teatro Maria Vitória, interpretou "Oh tempo volta para trás". Com letra de Manuel Paião e música de Eduardo Damas, gravou este tema 1965 que se tornou num dos grandes êxitos de música ligeira.

RCA, Valentim de Carvalho e Movieplay foram editoras para as quais António Mourão gravou. "É sempre sucesso" (1968), "Folclore das províncias" (1970), "Meu amor, meu amor" (1971), "Se quiseres ouvir cantar" (1973), "Canto e Recanto" (1980) e "Oh razão da minha vida" (1987) são alguns dos trabalhos gravados por António Mourão.

O cantor foi um dos primeiros portugueses a gravar sucessos de Amália Rodrigues, nomeadamente "Maria Lisboa", com letra de David Mourão-Ferreira e música de Alain Oulman .

"Não há fado sem verdade" (1989) foi o último trabalho gravado por António Mourão, nome artístico de António Manuel Diuas Pequerrucho, após o que o artista fez uma digressão pelo estrangeiro para cantar para as comunidades portuguesas.

Pouco tempo depois retirou-se da vida artística e do convívio social. Uma das facetas menos conhecida de António Mourão é a de autor, tendo escrito algumas letras que interpretou, nomeadamente  "Aquilo que canto é fado", com música do maestro Ferrer Trindade.

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