A edição de hoje
Nuno Flores, o viola d’arco do grupo Os Corvos, “está muito melhor” e continua a “recuperar bem” mas agora no Hospital do Capuchos, em Lisboa, para onde foi transferido há cerca de uma semana. De acordo com Nuno Silva, empresário da banda, o músico até já brincou com os colegas de grupo dizendo que, no hospital, existia um “bom sítio” para os Corvos usarem como sala de ensaios.
Nuno Flores, recorde-se, deu entrada de urgência, há precisamente um mês, no Hospital de São José, após ter sido vítima de atropelamento no acesso do IC32 à Ponte Vasco da Gama.
O autor do atropelamento, que fugiu do local do acidente, é o agente da PSP Carlos Martinho, de 33 anos, que está suspenso por 90 dias e aguarda o resultado do processo disciplinar que lhe foi instaurado pela corporação. Tem ainda o ordenado reduzido a um terço. Polícia há sete anos, Martinho estava colocado na 6.ª Esquadra de Investigação Criminal, em Alcântara.
O acidente aconteceu às 23h40 de 14 de Janeiro, no sentido Montijo-Lisboa, quando o músico se preparava para mudar um pneu e foi abalroado pela viatura conduzida por Carlos Martinho, um Audi A6 cinzento, onde viajavam ainda duas raparigas. Segundo várias testemunhas, Nuno Flores foi projectado cerca de 15 metros sofrendo várias fracturas num braço, numa perna, nas costelas. Perfurou ainda um pulmão. O agente, que se entregou às autoridades após uma semana, incorre numa pena de prisão até dois anos ou multa de 240 dias por omissão de prestação de auxílio e condução perigosa. Poderá ainda ser multado por circular com um automóvel sem seguro e sem a obrigatória inspecção periódica.
Entretanto, Os Corvos actuam hoje no estádio da Luz, antes do jogo Benfica-Dínamo de Bucareste, com Luís Santos no lugar de Nuno Flores.
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