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Homem condenado a 22 anos e 6 meses de prisão por matar ex-namorada no Porto

Arguido terá ainda de pagar 187 mil euros de indemnização para o filho menor da vítima.

11 de setembro de 2025 às 15:34
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Homem condenado a 22 anos e 6 meses de prisão por matar ex-namorada no Porto

O homem acusado de ter matado a ex-namorada no Porto em julho do ano passado foi esta quinta-feira condenado a 22 anos e seis meses de prisão.

Paulo Nogueira, o arguido, terá ainda de pagar 187 mil euros de indemnização para o filho menor da vítima.

“Tirar a vida a uma pessoa nos termos em que o fez e gravíssimo. Reflita durante este tempo no seu comportamento, interiorize o mal que fez e quando sair em liberdade siga com a sua vida”, disse o juiz.

“Que a família tente dar ao filho da Sónia aquilo que a mãe já não consegue dar”, disse ainda o magistrado.

A 8 de julho de 2024, o homicida, de 51 anos, matou a ex-namorada, de 48, com dois tiros de caçadeira na loja onde ela trabalhava, no Porto.

Depois, o homicida colocou-se em fuga, mas acabou por se entregar à GNR de Estarreja, no distrito de Aveiro.

Durante a leitura do acórdão, o juiz frisou que o crime foi "gravíssimo".

"Não há crime mais grave do que tirar a vida nos termos em que o fez", insistiu.

O magistrado apontou ainda a "extrema violência" do crime, recordando que o homicida matou a ex-namorada de forma repentina disparando dois tiros de caçadeira a cerca de três metros da vítima mortal.

"A vítima não teve qualquer possibilidade de resistir", lembrou.

Falando num "comportamento desajustado e desconforme", o juiz destacou que as necessidades de prevenção deste tipo de crimes são "elevadíssimas" e que, por esse motivo, a reposta dos tribunais deve ser "firme e severa".

O presidente do coletivo de juízes pediu ao arguido para refletir e interiorizar o mal que fez durante a sua reclusão.

Já aos familiares da vítima mortal, o magistrado pediu-lhes para olhar pelo seu filho, dando-lhe aquilo que a mãe já não lhe consegue dar.

"Tentem ultrapassar este momento tão trágico e difícil e sejam fortes, os que cá estão têm de ser fortes", assinalou.

Sobre a pena aplicada, o juiz afirmou que aquela teve em conta a confissão por parte do homicida da maior parte dos factos, do seu arrependimento e do seu comportamento na prisão.

No início do julgamento, no passado mês de junho, o homicida confessou ter matado a ex-namorada e que a controlava através de um aparelho GPS que lhe instalou no carro.

"Não sei o que me passou pela cabeça, peguei na arma e dei-lhe dois tiros, era uma caçadeira do meu pai e eu tinha-a para consertar o gatilho que às vezes prendia", disse em audiência de julgamento.

E acrescentou: "Não sei explicar porque fiz isto, matei-a, eu sei que não há desculpa para isto".

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