Cantora morreu aos 56 anos. É relembrada por diversos episódios polémicos e pelo contributo para a música.
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"Controversa, autêntica e dona de uma grande voz": É assim recordada a cantora irlandesa Sinead O'Connor, que morreu esta quarta-feira aos 56 anos.
Conhecida por nunca se ter deixado levar pelas pressões da indústria musical, a artista alcançou a fama por diversos êxitos e pela postura "feroz" em todas as circunstâncias públicas. Segundo o jornal The Los Angeles Times, Sinead O'Connor dedicou-se, durante a carreira, a criticar o racismo, a misóginia e outros tópicos sensíveis no ramo.
"Nothing compares 2-U", lançada em 1980, é uma das canções mais conhecidas de Sinead O'Connor. Ao longo da carreira, a também compositora lançou dez álbuns e ganhou vários prémios, entre os quais há a destacar um grammy.
Rasgou a fotografia do Papa em direto
Protagonista de diversos momentos polémicos, um daqueles que recebeu mais atenção da comunicação social foi quando rasgou uma fotografia do Papa João Paulo II no programa de televisão "Saturday Night Live". Mais tarde, Sinead explicou que tinha tido aquela atitude porque estava indignada com os escândalos de abusos sexuais na Igreja.
Duas semanas após o episódio, a cantora foi expulsa do palco num concerto de tributo a Bob Dylan no Madison Square Garden e fugiu, a chorar.
"Nothing Compares": Música como escape para os traumas
Mas a artista não é apenas recordada pelas atitudes controversas. Dona de uma vida difícil, marcada pelas peripécias na infância e na adolescência, O'Connor viu na música uma forma de transpor como se sentia relativamente a eventos traumáticos que tinha passado.
O percurso da personalidade foi documentado no filme "Nothing Compares". Sinead O'Connor sofreu abusos físicos e psicológicos da mãe quando era jovem. Terá sido ainda abusada sexualmente inúmeras vezes entre os três e os 12 anos, conforme revelou.
"A nossa observação foi a forma espantosa como os meios de comunicação social reduziram a sua voz, gozando-a e ridicularizando-a. O que eu queria era que ouvíssemos a voz de Sinead 0'Connor e que esta não fosse interrompida. Era da maior importância que ela narrasse a sua história nos próprios termos", disse a diretora do documentário Kathryn Ferguson, citada pela imprensa norte-americana. Perdeu o filho de 17 anos Há cerca de um ano e meio a cantora foi novamente abalada com uma trágica notícia: um dos filhos morreu com apenas 17 anos. O jovem apresentava problemas na sua saúde mental e estava internado num hospital. Pôs termo à vida após uma fuga.
O'Connor nunca conseguiu, de facto, superar a perda. Através das redes sociais, sempre revelou aos fãs a dificuldade em lidar com a dor que sentia. Uma das últimas publicações que fez no Twitter falava precisamente sobre o tema.
"Tenho vivido como uma criatura noturna morta-viva desde então. Ele era o amor da minha vida, a lâmpada da minha alma", escreveu naquela rede social.
Mudou de nome duas vezes e converteu-se ao Islamismo
Causa de óbito não foi revelada
Causa de óbito não foi reveladaA notícia da morte da artista foi avançada esta quarta-feira pelo The Irish Times. A causa de óbito não foi revelada ao público e a família pediu privacidade.
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