A edição de hoje
Personalidade marcante do teatro e do cinema português do Século XX, Francisco Carlos Lopes Ribeiro, mais conhecido por Ribeirinho, nasceu há precisamente cem anos, a 21 de Setembro de 1911. O seu talento cómico definiu um estilo inimitável e hoje os seus trabalhos no grande ecrã continuam a ser apreciados com prazer.
Filho de Manuel Henrique Ribeiro e Ester Nazareth Lopes, e irmão do realizador António Lopes Ribeiro, Francisco Ribeiro votou-se, desde muito cedo, ao teatro e ao cinema, tendo ingressado, com apenas 18 anos, na companhia de Chaby Pinheiro, onde se estreou como actor na peça ‘A Maluquinha de Arroios’, de André Brun.
Seis anos depois, estreava-se na encenação, revelando a sua apetência pela direcção de projectos artísticos. Ribeirinho
dirigiu várias companhias de teatro: Teatro do Povo, Os Comediantes de Lisboa, Teatro Universitário, Teatro Nacional Popular. Entre 1978 e 1981 foi director do Teatro Nacional D. Maria II.
Enquanto autor, Francisco Ribeiro escreveu várias peças – nomeadamente a adaptação do célebre ‘Aqui há Fantasmas’, com Henrique Santana – e foi muito aplaudido como autor de argumentos e diálogos para cinema. Aqui, foi particularmente frutuosa a sua colaboração com o irmão, António Lopes Ribeiro, em filmes como ‘O Pai Tirano’, ‘A Vizinha do Lado’ ou ‘O Primo Basílio’.
Enquanto realizador, Francisco Ribeiro assinou dois títulos: a longa-metragem ‘O Pátio das Cantigas’ e o documentário ‘As Rodas de Lisboa’.
Foi casado com a actriz Maria Lalande, de quem teve uma filha, e morreu a 7 de Fevereiro de 1984.
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