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Uma peça que pergunta sem dar respostas

Peça do britânico Robert Icke ousa questionar o politicamente correto. Ricardo Neves-Neves recria texto que volta a confrontar ciência e religião.

29 de dezembro de 2024 às 01:30

Atores masculinos a representarem papéis femininos, negros a representarem brancos. E vice-versa. Diálogos acesos sobre identidade de género e um questionamento sério do movimento ‘woke’. A luta (que vem de longe) entre religião e ciência. Tudo isto passa pelo palco do Teatro da Trindade (Lisboa), na peça ‘A Médica’, texto do britânico Robert Icke que Ricardo Neves-Neves dirigiu e está a apresentar na Sala Carmen Dolores até 16 de fevereiro. O espetáculo, que nos interpela do princípio ao fim, sem descanso (o espectador está sempre no meio do furacão, à mercê do que se diz e faz em palco a uma velocidade estonteante), não traz respostas, aspeto que o encenador admite tê-lo cativado. “É o próprio espectador que pega nas várias peças do puzzle e encontra dentro de si uma resposta. Se conseguir encontrar uma resposta!”, sublinha Neves-Neves.

O texto original (que revê uma peça do médico e dramaturgo austríaco Arthur Schnitzler) estreou em 2019, com Juliet Stevenson como protagonista. Entre nós, tem Custódia Gallego no papel de uma médica irredutível nas suas escolhas e convicções. Do elenco fazem ainda parte Adriano Luz, Inês Castel-Branco, Pedro Laginha, Igor Regalla, Rita Cabaço, Eduarda Arriaga, Maria José Paschoal, Sandra Faleiro, José Leite e Luciana Balby.

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