page view

Desperdício complica milhões para o Benfica

Águias podiam ter terminado a primeira parte com uma goleada e acabaram por consentir um empate.

22 de agosto de 2018 às 01:30

O Benfica não foi além de um empate (1-1) frente ao PAOK e complicou o acesso aos cerca de 35 milhões (de um total de 43 milhões de euros) que vale a passagem à fase de grupos da Liga dos Campeões, num jogo em que foi penalizado pela falta de eficácia.

Rui Vitória não pôde contar com Salvio, devido a lesão, mas a equipa entrou forte e disposta a resolver esta eliminatória. O Benfica demonstrava pulmão, bom entrosamento e um futebol fluído.

Aos cinco minutos de jogo já se gritava golo na Luz. Um grande passe de Pizzi para Gedson, mas um toque de Ferreyra acabou por invalidar o lance por fora de jogo. O Benfica mandava. Mas o PAOK justificava a presença neste play-off. É uma equipa bem organizada, sob a batuta de Pelkas, um quebra-cabeças para o meio-campo e a defesa do Benfica.

Pizzi assumia o jogo do Benfica. Jogava e fazia jogar. Criava espaços e surgia em posição para marcar. Quatro situações seguidas de golo que desperdiçou. Primeiro com um remate ao lado a cruzamento de Cervi (23’), depois levou a bola a bater na trave (27’) e no minuto seguinte rematava para grande defesa de Paschalakis. Não foi com os pés, nem com a cabeça, num lance (28’) em que a bola saiu ao lado da baliza.

O Benfica vivia o seu melhor período e adivinhava-se o golo, que surgiu numa falta sobre o jovem Gedson, que fez mais uma grande exibição. Pizzi não perdoou e fez o 1-0, de penálti.

Na etapa complementar, o Benfica entrou com a mesma intensidade. Pizzi continuava a ser o protagonista, num filme em que os vilões passaram a ser Ferreyra ou Grimaldo, que desperdiçaram boas ocasiões.

O PAOK foi crescendo, beneficiando de uma nítida quebra de rendimento do Benfica. Resta saber se foi uma quebra física ou se os jogadores começaram a pensar no dérbi com o Sporting.

Do ascendente dos gregos acabou por resultar o golo do recém-entrado Warda. Um egípcio que mexeu com o jogo. O empate surgiu num livre, com o cabeceamento de Varela a bater na trave e a ficar nos pés de Warda que rematou colocado para a baliza.

O Benfica acordou e apareceram Rafa e João Félix. Seferovic estava desmotivado e sem golo. Desperdiçou uma boa ocasião, permitindo a defesa do guarda-redes. Um empate amargo para o Benfica que até podia ter goleado. Complicou o acesso aos milhões e o dérbi é já sábado.

"Vamos à Grécia para ganhar"

O treinador do Benfica clarificou que Salvio não estava em condições para jogar (ver caixa) e mostrou-se confiante para a partida da segunda mão, na Grécia. "O resultado está em aberto e vamos à Grécia para ganhar. Há tristeza por não vencer, mas quem fez um jogo destes só tem de acreditar nas suas capacidades", salientou.

ANÁLISE 

Jovens Gedson e João Félix

Gedson já é um valor seguro deste Benfica. Dinâmico, veloz e com uma entrega total. Correu muito, criou desequilíbrios. Ganhou a falta do penálti. Também João Félix mostrou maturidade. Bons passes e um remate ao cair do pano, muito perto do golo.

Falta de eficácia

O Benfica só se pode queixar de si próprio neste empate. Podia ter goleado e sai deste jogo obrigado a marcar na segunda mão. Pizzi perdoou em três ocasiões para marcar, mas também Ferreyra e Seferovic tiveram golos nos pés e desperdiçaram.

Critério largo

O juiz utilizou um critério disciplinar largo. Mandou jogar em dois lances, um para cada lado, com os jogadores a pedirem penálti. Bem no golo anulado a Gedson e benefício da dúvida no penálti que assinalou, após falta sobre o jovem do Benfica.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8