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Benfica com a mão na massa

Passagem à fase de grupos da Liga dos Campeões garante de imediato 43 milhões de euros aos cofres da Luz.

30 de agosto de 2018 às 01:30

O Benfica teve de meter a mão na massa para virar o resultado e golear o PAOK, por 4-1, garantindo os 43 milhões de euros que valem a entrada da fase de grupos da Liga dos Campeões.

Rui Vitória, que surpreendeu ao colocar Seferovic no lugar de Ferreyra, viu o Benfica entrar apático num jogo em que estava obrigado a marcar para continuar na Liga dos Campeões. E a apatia teve um preço. O golo de Prijovic, logo aos 13 minutos. Antes, com pouco mais de 30 segundos de jogo, André Almeida só conseguiu travar El Kaddouri com recurso a falta juntinho à área.

O golo sofrido, contudo, foi uma chapada que permitiu acordar o Benfica para o resto do jogo. Apareceram Salvio, Cervi, Pizzi e Gedson.

O Benfica assumiu então as rédeas da partida e justificou o favoritismo. Com um futebol fluído, consistente e objetivo chegou à igualdade com um golo de cabeça de Jardel, na sequência de um canto apontado por Pizzi.

Rui Vitória respirava de alívio e precisou de apenas mais seis minutos para respirar fundo, tirando a pressão desta eliminatória que vale 43 milhões logo à cabeça.

É que o guarda-redes grego Paschalakis, na tentativa de evitar um canto, deixou a bola à mercê de Cervi que acabou por ser travado em falta. Salvio não tremeu, mas ainda rematou ao poste antes da bola se aninhar nas redes. Estava consumada a reviravolta e só dava Benfica.

As águias mantiveram o pé no acelerador. Mas foi Odysseas quem fez a defesa da noite ao negar o golo a Léo Matos.

Seferovic bem tentava justificar a aposta de Rui Vitória, mas o suíço não tem golo. Teve oportunidades, mas os remates foram travados por Paschalakis.

O Benfica dominava e acabou por silenciar o público grego com o golo de Pizzi, que culminou uma boa jogada de entendimento entre Grimaldo e Cervi, a figura do jogo.

A etapa complementar não retirou a ambição ao Benfica que acaba por chegar aos 4-1, novamente num penálti de Salvio a castigar uma falta sobre Jardel.

A partir daqui, o Benfica baixou nitidamente de rendimento. O resultado estava controlado e os gregos estavam longe de criar perigo. O melhor que fizeram foi um cabeceamento de Prijovic à trave.

O PAOK registou um ligeiro ascendente, mas Odysseas chegava para as encomendas. Rui Vitória fez descansar Salvio e Pizzi a pensar na batalha de domingo, frente ao Nacional, na Madeira.

Portugueses ficam no pote 2

Benfica e FC Porto integram o Pote 2, juntamente com o Borussia Dortmund (Alemanha), Manchester United e Tottenham (Inglaterra), Shakhtar Donetsk (Ucrânia), Nápoles e Roma (Itália). O que quer dizer que nenhuma destas equipas se defronta na primeira fase.

Os cabeças de série serão Real Madrid, At. Madrid e Barcelona (Espanha), Juventus (Itália), Lokomotiv Moscovo (Rússia), PSG (França), Manchester City (Inglaterra) e Bayern (Alemanha). Uma destas equipas ficará no grupo do Benfica e outra no do FC Porto.

ANÁLISE 

Reação do Benfica

O golo de Prijovic acabou por acordar o Benfica, que entrou displicente e perturbado. No entanto, a reação foi enérgica e catapultou a equipa para um triunfo incontestável frente a um adversário acessível. A pressão dos milhões foi sacudida com êxito.

Paschalakis

O guarda-redes grego comprometeu as aspirações da equipa. Tentou evitar um canto e acabou por ceder uma grande penalidade que Salvio converteu para virar o resultado. Cervi tem mérito, mas Paschalakis não é guardião de Champions.

Bem nos penáltis

Felix Brych mostrou o rigor germânico no capítulo disciplinar, mesmo quando expulsou Léo Matos. Cumpriu. Bem a decidir que a falta de André Almeida sobre El Kaddouri foi fora da área. Bem ao assinalar as duas grandes penalidades a favor do Benfica.

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