A luta do presidente do Sporting contra o Fisco está ao rubro. Numa semana (de 27 de fevereiro até 7 de março), Bruno de Carvalho interpôs quatro reclamações de quatro processos de execução fiscal num valor de quase 3,3 milhões de euros.
Todas as ações deram entrada no Tribunal Tributário de Lisboa, sendo que as três primeiras são colocadas contra a Direção de Finanças de Lisboa e a última (que entrou no passado dia 7) é interposta contra a Direção de Serviços da Justiça Tributária (DSJT), entidade que supervisiona todas as execuções de dívidas fiscais.
Com estas ações, Bruno de Carvalho pretende parar as execuções fiscais que correm contra o seu património por dívidas fiscais.
A batalha do presidente do Sporting contra a Autoridade Tributária (AT) dura há uma década. Em setembro de 2008 já Bruno de Carvalho pedia ao Fisco, na qualidade de gerente da empresa de construção civil Polibuild, a anulação de processos fiscais referentes aos anos de 2004, 2005 e 2006, por atraso no envio das declarações de IRC.
Segundo apurou o
CM junto de fonte próxima do presidente dos leões, as novas reclamações estão todas ligadas ao processo Polibuild, já que sempre que recebe uma notificação da AT para liquidar as dívidas, Bruno de Carvalho avança com uma contestação porque não reconhece as mesmas.
Contactada pelo
CM, fonte oficial do Sporting optou por não fazer comentários.
Destituído em 2009 passa a gerência à mãe Segundo os registos do Portal da Justiça, Bruno de Carvalho foi destituído da gerência da Polibuild - Construção Civil Lda, a 2 de dezembro de 2009, e foi substituído um dia depois pela sua mãe, Ana Paula Araújo de Azevedo Gaspar de Carvalho. A gerência da mãe do presidente do Sporting dura até ao início de 2013, altura em que renuncia ao cargo. Em 2015, a Polibuild passa para a forma jurídica de sociedade unipessoal, liderada por Paulo Jorge de Figueiredo Vasco.
Prédios arrestados para garantia Já em 2009, a Fazenda Pública pediu no Tribunal Tributário de Lisboa um arresto de três imóveis, todos em Lisboa, propriedade de Bruno de Carvalho. Tratou-se de uma medida cautelar para assegurar o pagamento das dívidas fiscais da empresa Polibuild, da qual o presidente do Sporting era sócio-gerente desde 2001 e, consequentemente, devedor subsidiário.