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Dragão festeja com champanhe sem gás

O pingue-pongue verbal com os responsáveis do Paços, a meio da semana, permitiu a Villas-Boas prometer uma equipa com a agressividade nos píncaros. O estímulo deu energia para vinte minutos intensos, premiados com o golo de Otamendi, após livre de Hulk.

20 de dezembro de 2010 às 00:30

James, em estreia discreta, não fazia esquecer Varela na esquerda, mas era a pressão a meio-campo que sufocava o Paços e podia ter resolvido o jogo, em especial numa perdida invulgar de Falcão, já depois de ter driblar Cássio. Esse lance marcou uma viragem, com o balão portista a perder ar a olhos vistos. À meia-hora, as coisas já estavam equilibradas. E, a partir do intervalo, inclinaram-se a favor do Paços.

Com Walter no lugar do esgotado Falcão, o FC Porto perdia capacidade para esticar o jogo até à área de Cássio. E, lá atrás, sofria como poucas vezes nesta época: Rondon, excelente a explorar os espaços nas costas dos centrais, falhava repetidamente na cara de Helton, que se assumia como o homem mais decisivo nesta fase do jogo.

Com a troca de James por Souza, Villas-Boas dava músculo ao meio-campo e ganhava espaço para respirar, mas voltou a ser Helton a ter a chave da vitória, numa defesa à queima-roupa perante cabeçada de Pizzi. O Paços apostava todas as fichas no ataque, mas perdia lucidez na ofensiva final. Num FC Porto de rastos, sobrava a explosão de Hulk, que nos descontos consumou um marcador exagerado, primeiro convertendo mais um penálti forçado, depois oferecendo o 3-0 a Walter. A vitória permite fechar o ano com o champanhe, mas em Paços foi um dragão sem gás a bebê-lo.

VILLAS-BOAS: "AGORA VEM A FASE DECISIVA"

"Conseguimos terminar esta fase com uma margem boa de oito pontos, mas agora vem a fase decisiva da época , em que são decididos os títulos", disse André Villas-Boas.

Na análise do jogo de ontem em Paços de Ferreira, o técnico destacou a boa primeira parte e um segundo tempo "menos conseguido". "O Paços fez uma grande segunda parte, que poderia dar outro resultado", destacou Villas-Boas.

Sobre a substituição de Falcão por Walter (ao intervalo), o treinador dos dragões justificou com o facto de o colombiano estar "à beira da fadiga extrema". Villas-Boas assume que Janeiro poderá ser um mês "muito importante, mas não decisivo" nas pretensões do FC Porto.

"RESULTADO ENGANDOR"

"É um resultado enganador. Até aos 90’ estivemos sempre dentro do jogo com uma postura muito boa. Na segunda parte colocámos o FC Porto lá atrás", disse o técnico pacense, Rui Vitória.

FICHA DE JOGO

LIGA – 14.ª Jornada – 19/12/2010

Estádio da Mata Real – Assistência: 5000

PAÇOS DE FERREIRA: Cássio, Baiano, F. Anunciação, Bura, Jorginho, André Leão, Di Paula, David Simão, L. Olímpio, Pizzi, Amond, Manuel José, N. Oliveira, Rondon

SUPLENTES NÃO UTILIZADOS

António Filipe, P. Queirós, N. Santos e Samuel

TREINADOR: Rui Vitória

FC PORTO: Helton, Sapunaru, Rolando, Otamendi, Álvaro Pereira, Guarín, João Moutinho, Belluschi, Maicon, James, Souza, Hulk, Falcão, Walter

SUPLENTES NÃO UTILIZADOS

Kieszek, Fucile, Castro e Ruben Micael

TREINADOR: ANDRÉ VILLAS-BOAS

Golos: 0-1 Otamendi (11’), 0-2 Hulk (90 1’ g.p.), 0-3 Walter (90 4’)

Árbitro: Artur Soares Dias (Porto)

Disciplina: amarelos: Guarín (32’), Pizzi (38’), A. Leão (55’), James (59’), Filipe (63’), Walter (73’), David Simão (90’) e Álvaro (90’)

Classificação do jogo: 7

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