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Eusébio: Uma carreira de glória com 773 golos

<p align="justify" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 12pt">Foram mais de 20 anos ligados ao futebol, 12 dos quais a envergar a camisola da Seleção Nacional: Eusébio da Silva Ferreira tem uma das melhores carreiras de sempre, marcada por 773 golos em 745 jogos oficiais.

06 de janeiro de 2014 às 11:27

Nascido em Moçambique, no dia 25 de janeiro de 1942, o ex-futebolista ficou para sempre ligado à história do Benfica, por ter jogado no clube da Luz durante 15 anos. É o melhor marcador de sempre da equipa, com o impressionante registo de 638 golos em 614 jogos oficiais.

Na infância, em Maputo (na altura Lourenço Marques), Eusébio enfrentou a pobreza e, desde cedo, trocava as aulas da escola pelas partidas de futebol. Quarto filho do ferroviário Laurindo António e de Anissabeni Elisa, foi criado, a partir dos oito anos, apenas pela mãe, dado que o pai faleceu de tétano.

Começou a dar nas vistas no Sporting Lourenço de Marques. Foi Béla Guttman que o levou para Portugal, aos 18 anos, numa jornada marcada pela polémica, devido à disputa entre Benfica e Sporting para ficarem com o passe do jogador.

Os responsáveis da Luz acabaram por ir ao aeroporto buscá-lo. Como os ‘leões' andavam no seu encalço, Eusébio chegou a estar escondido num hotel em Lagos, no Algarve.

A estreia na Luz foi no dia 23 de maio de 1961, onde marcou logo três dos quatro golos frente ao Atlético.

Em 1962, a France Footbal considerou-o o segundo melhor jogador do Mundo.

Dois anos depois, e para evitar que o jogador fosse para o estrangeiro, Eusébio já recebia quatro mil contos.

‘O Rei' era o líder de uma equipa de luxo que incluía nomes como José Augusto, José Águas, António Simões, José Torres ou Mário Coluna.

Com os encarnados venceu onze campeonatos, cinco taças de Portugal e cinco taças de honra.

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A FOTOGALERIA DE EUSÉBIO

NOVE GOLOS NO MUNDIAL DE 1966

O definitivo estrelato mundial ocorre no Mundial de 1966. Foi aí que foi decisivo para o terceiro lugar que a Seleção Nacional alcançou. Nessa mesma competição, recebeu a Bota de Ouro, com nove golos, seis dos quais marcados em Goodison Park.

‘Pantera Negra' torna-se um marco pela velocidade, a facilidade na concretização e o engenho.

Na sequência do Mundial de 1966, a Itália chega a oferecer 90 mil contos por Eusébio, mas a transferência não se concretiza porque o país aprova uma lei que impede a contratação de jogadores estrangeiros.

A última internacionalização do jogador foi no dia 19 de outubro de 1993.

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A NOTÍCIA 'REAÇÕES À MORTE DE EUSÉBIO'

BEIRA-MAR E UNIÃO DE TOMAR NO FINAL

O adeus com a camisola do Benfica ficou na memória dos adeptos do clube da Luz: 18 de junho de 1975, numa partida frente à equipa de Casablanca, Marrocos.

Para trás, ficaram várias lesões. Eusébio jogava até sob o efeito das dores para dar ânimo ao clube: foi operado seis vezes ao joelho esquerdo e uma vez ao direito.

No final da carreira, mais propriamente entre 1976 e 1978, o jogador ainda jogou, mas em equipas de menor fôlego: o Beira-Mar e o União de Tomar.

Também teve breves passagens pela North American Soccer League, passando pelo Boston Minutemen, Toronto Metros-Croatia e Las Vegas Quicksilver.

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A NOTÍCIA 'CMTV NOTICIOU MORTE EM PRIMEIRA MÃO'

SÍMBOLO ENCARNADO COM DIREITO A ESTÁTUA

Eusébio era casado há mais de 40 anos com Flora. Tinha duas filhas, Carla e Sandra, e dois netos, João Pedro e Maria Carolina.

Desde que se retirou, Eusébio continuou ligado ao clube da Luz. ‘O Rei', como era carinhosamente apelidado, tornou-se embaixador do futebol e um rosto consensual para lembrar glórias passadas da Selecção Nacional.

Figura simpática para os adeptos de futebol, deu nas vistas, no Euro 2005, quando gritou para Ricardo, antes de este defender um penálti decisivo no jogo frente à Inglaterra.

Venceu por duas vezes o troféu Bota de Ouro, por ser o melhor marcador dos campeonatos europeus. Recebeu igualmente sete Botas de Prata, foi, em 1965, considerado Futebolista Europeu do Ano e, por três vezes, eleito maior marcador da Taça dos Clubes Campeões Europeus.

Entre as múltiplas distinções que recebeu conta-se a Grã-Ordem da Cruz do Infante D. Henrique, a Ordem da Grã-Cruz do Mérito, o Prémio de carreira Bola de Ouro Portuguesa.

Na votação de melhor jogador do século XX, da FIFA, Eusébio ficou em terceiro lugar, somente atrás de Maradona e Pelé.

Foi o nono melhor jogador de futebol do século XX para a IFFHS, entrou para a lista dos 50 melhores jogadores de todos os tempos do ‘Planète Foot', e foi considerado o oitavo do top de ‘Os melhores do século XX', elaborado pela revista ‘Placar'.

O amor recíproco pelo Benfica materializou-se com uma estátua: a 25 de janeiro de 1992, o clube concretiza a homenagem, ainda hoje um dos símbolos mais mediáticos do Estádio da Luz.

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'MENSAGENS DE HOMENAGEM INUNDAM FACEBOOK'

CRONOLOGIA DE CARREIRA

1957 - Sporting de Lourenço Marques

1960 - Benfica

1975 - Rhode Island Oceaneers (Estados Unidos)

1975 - Monterrey (México)

1976 - Beira-Mar

1977 - Toronto Metros Croatia (Canadá)

1977 - New Jersey Americans (Estados Unidos)

1978 - União de Tomar

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'MORTE DE EUSÉBIO NA IMPRENSA ESTRANGEIRA'

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