Este verão, várias atletas escreveram uma carta a acusar o presidente de Federação Portuguesa de Judo de opressão, discriminação e ameaças.
O secretário de Estado da Juventude e Deporto, João Paulo Correia, "lamentou" esta segunda-feira as divergências entre atletas e a Federação Portuguesa de Judo, considerando que há situações na modalidade que "têm de ser esclarecidas".
"Lamento que não tenha imperado o bom senso na modalidade, e face às acusações que são feitas por um conjunto de atletas relativamente à Federação, importa esclarecer algumas situações", disse o governante, à margem de uma vista às instalações do Paços de Ferreira, clube da I Liga de futebol.
João Paulo Correia identificou duas vertentes do problema, uma relacionada "com transparência e rigor na despesa da preparação olímpica dos atletas da modalidade", que considera "terá de ser o Comité Olímpico de Portugal (COP) a esclarecer com a Federação" e uma outra englobando o facto de "alguns atletas dizerem que a federação lhes comunicou não havia mais verbas para a sua preparação [olímpica]".
"Teremos que saber junto do Comité [COP] se a Federação de Judo solicitou um reforço de verbas para a preparação destes atletas, porque as considerou esgotadas. Se isso aconteceu, vamos ver junto do IPDJ se há possibilidade de as reforçar", analisou João Paulo Correia.
O governante, que anteriormente já tinha mediado algumas divergências entre atletas e federação, disse que "não poder fingir que não há um desentendimento grave na modalidade", mas acredita que "pode ser resolvido".
"Estamos numa fase de procurar as respostas às acusações feitas e a seu tempo a situação será esclarecida. Já a 15 de agosto foi possível promover um acordo entre a federação e um conjunto de atletas", lembrou João Paulo Correia.
Recorde-se que no verão, atletas como Telma Monteiro, Catarina Costa, Patrícia Sampaio, Rochele Nunes, Bárbara Timo, Anri Egutidze e Rodrigo Lopes escreveram uma carta, na qual acusavam o presidente de Federação Portuguesa de Judo, Jorge Fernandes, de opressão, discriminação e ameaças, lamentando o "clima insustentável e tóxico".
O dirigente federativo contrapôs, dizendo que os atletas têm direitos e deveres e não podem "denegrir a imagem das pessoas", recusando novamente as acusações que lhe foram feitas na carta aberta, lembrando que em relação às verbas do projeto olímpico "não existe dinheiro para tudo".
Telma Monteiro denunciou, esta segunda-feira, que Federação Portuguesa de Judo despediu a selecionadora Ana Hormigo, a um dia de a equipa viajar para competir no Grand Slam de Abu Dhabi, de apuramento para os Jogos Olímpicos.
O presidente de federação contrapôs, dizendo que Ana Hormigo não foi despedida, mas sim afastada das seleções, explicando em declarações à Lusa que o caso está entregue aos advogados do organismo.
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