No final de junho, a Altice (dona da Meo) tinha pago ao clube quase 57 milhões antes do tempo, por conta de direitos televisivos.
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A sociedade que gere o futebol dos dragões continua a antecipar receitas do contrato assinado com a Altice. Se no final de dezembro o valor que o FC Porto tinha recebido adiantado atingia os 81 milhões de euros, em junho deste ano a verba já tinha ultrapassado os 91 milhões, quase 20% do montante total do acordo com os donos do MEO.
No relatório e contas enviado à CMVM, é revelado pela SAD o "adiantamento no montante global de 56,9 milhões de euros do contrato celebrado com a Altice, pelo valor global de 457,5 milhões".
Contudo, além desta antecipação direta, a sociedade liderada por Jorge Nuno Pinto da Costa já recebeu mais 34,3 milhões, através de cinco contratos de ‘factoring’. O de maior valor (quase 26,7 milhões) foi celebrado em novembro do ano passado com o Ecotonian AG e prevê a sua liquidação em "10 prestações mensais de 2,666 milhões de euros".
Este acordo foi feito com as "verbas a receber da Altice pelos direitos TV de épocas futuras". Ou outros quatro contratos (dois em outubro de 2016 e outros dois em abril deste ano) foram fechados com o Internationales Bankhaus Bodensee, e têm valores de 2,7 milhões, 2,3 milhões, 1,427 milhões e 1,239 milhões.
Para garantir este dinheiro, os dragões ‘deram’ "verbas a receber da Altice de direitos de distribuição do Porto Canal de épocas futuras e "verbas a receber da Altice de patrocínio de camisolas de épocas futuras".
Se somarmos os contratos de ‘factoring’ com o adiantamento feito diretamente pela Altice atingimos os 91,2 milhões.
A Altice, contudo, não é o único parceiro a antecipar dinheiro aos dragões. A PPTV, de Joaquim Oliveira, adiantou dois milhões de euros e o contrato de direitos televisivos garantiu mais uma linha de ‘factoring’, desta vez de seis milhões de euros, celebrada com o Novo Banco em outubro de 2016.
Contrato atual garante 457,5 milhões à SAD até 2028
Aqui está incluída a venda dos jogos dos dragões em casa para o campeonato nacional por dez épocas, a partir de 2018/19, os direitos de transmissão do Porto Canal por 12 anos e meio (com início a 1 de janeiro de 2016), e o patrocínio das camisolas da equipa de futebol do FC Porto por sete temporadas e meia, cujo início também ocorreu no primeiro dia do ano passado.
PORMENORES
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milhões de euros era a dívida bancária da Sociedade Anónima Desportiva do FC Porto no final de junho deste ano. Deste valor, 80 milhões eram de empréstimos obrigacionistas, 59,4 milhões em ‘factoring’ e 17,5 milhões referentes a um crédito numa linha de papel comercial.
O que é o ‘factoring’?
O ‘factoring’ é um mecanismo segundo o qual os bancos ou outras instituições financeiras antecipam determinadas receitas garantidas das empresas, e depois recebem esse valor acrescido de uma taxa de juro. Em junho, a SAD dos dragões tinha 59,4 milhões em nove linhas de ‘factoring’ (seis com o Bankhaus Bodensee).
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