Águias acordaram tarde para o jogo em Braga e acabam derrotadas
Benfica teve alguns rasgos de qualidade, mas vai ter de fazer bem mais com o Liverpool nos ‘quartos’ da Liga dos Campeões.
O Benfica saiu derrotado por 3-2 no embate com o Sp. Braga, naquele que foi o ensaio geral para o jogo de terça-feira com o Liverpool, na primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões.
Nélson Veríssimo manteve o onze que tinha ganho ao Estoril (2-1), mas a equipa entrou nervosa. Weigl tem um atraso para Odysseas e acaba por ceder canto. Um sinal do que seria a primeira parte.
Já Carvalhal fez quatro alterações face ao último onze, mas apresentou uma formação pressionante e a querer ter bola. Iuri Medeiros e Ricardo Horta ganharam protagonismo na frente e David Carmo na defesa.
O jogo foi animado com ataques e contra-ataques. Muita luta no meio-campo e algumas faltas a quebrarem o ritmo.
As águias nunca abdicaram de chegar ao golo, apesar de Yaremchuk (12’ e 24’) e Gonçalo Ramos (17’) terem desperdiçado boas ocasiões para inaugurar o marcador.
O Benfica vivia o melhor período e chegou mesmo a marcar um golo por Vertonghen, mas ajeitou a bola com a mão e o VAR anulou o lance.
Os bracarenses perceberam o aviso e aproveitaram um livre de Iuri Medeiros para se colocarem em vantagem, num lance polémico entre Vertonghen e Ricardo Horta. Odysseas não fica nada bem na fotografia.
A finalizar a primeira parte, Iuri Medeiros desperdiçou uma boa oportunidade de golo e, na resposta, foi Paulo Oliveira quem tirou uma bola a Yaremchuk quando este se preparava para rematar.
Na etapa complementar, Veríssimo jogou três cartas novas: Darwin, Seferovic e João Mário. E os resultados apareceram. Mas já lá vamos.
Antes, os manos Horta serpentearam pela área do Benfica e fizeram o 2-0, com Ricardo a assistir André.
A reação da águia foi enérgica. Darwin não hesitou no penálti a castigar uma mão de André Horta na área e reduziu. O Benfica cresceu e chegou ao empate por João Mário, no tal lance que envolveu Seferovic e Darwin.
O Sp. Braga foi atrás do prejuízo e acabou por marcar o golo da vitória por Vitinha, na sequência de um canto. Os bracarenses recuperam três pontos (a diferença é de nove pontos) ao Benfica, que pode terminar esta jornada a nove pontos do Sporting (2º classificado) e a 15 do líder FC Porto.
André horta não festejou golo
André Horta, médio do Sp. Braga, não festejou golo que esta sexta-feira marcou (o segundo da sua equipa). O jogador foi formado no Benfica e já assumiu ser adepto do clube da Luz.
Alexander-Arnold recupera para a Luz
Veríssimo desolado com exibição
Análise ao jogo
Positivo: Futebol espetáculo
Grande jogo de futebol na Pedreira com duas equipa a lutarem pela vitória desde o primeiro minuto. Uma toada de parada e resposta e muito golos. O triunfo pendeu para os bracarenses depois de as águias terem recuperado de um 2-0.
Negativo: Odysseas a complicar
O guarda-redes do Benfica esteve mal no primeiro golo, quando viu o livre de Iuri Medeiros entrar na baliza. A bola entrou no seu lado. Além disso, no 3-2 cedeu o canto quando o podia ter evitado. Podia ter feito bem melhor.
Arbitragem: Golo, penálti e... polémica
Um golo bem anulado a Vertonghen (mão na bola), penálti bem assinalado contra o Sp. Braga (mão de André Horta). Ficam dúvidas na falta de Vertonghen sobre Ricardo Horta à entrada da área da qual resultou o golo de Iuri Medeiros.
Análise aos jogadores Benfica
Darwin-Concretizou o penálti e três minutos depois assistiu de cabeça João Mário para fazer o 2-2. Feroz na procura da bola na área, tentou várias vezes marcar mas foi bem marcado.
Odysseas – Mal a colocar a barreira e a posicionar-se no livre que deu o 1-0.
Gilberto – Correu quilómetros a progredir para o ataque e atrás dos adversários.
Otamendi – Ludibriado no 2-0, fez cortes fulcrais e fez avançar equipa para a frente.
Vertonghen – Jogo mau. Fez falta que deu o 1-0 e entregou mal na jogada do 2-0.
Grimaldo – Acompanhou com os olhos o centro de Al Musrati que deu o 3-2.
Weigl – Jogo regular no meio-campo e na defesa.
Meité – Algum músculo no meio-campo e pouco mais.
Rafa – Ligou a mota várias vezes, sem efeitos práticos.
Everton – Duas incursões pela esquerda e outra pela direita, sem resultados.
Gonçalo Ramos – Pouco em jogo e com pouca bola e por isso saiu ao intervalo.
Yaremchuk – Podia ter marcado aos 12’, mas Matheus defendeu o remate. Escorregou várias vezes. Sem alma.
João Mário – Fez o 2-2 e transportou jogo pelo centro.
Seferovic – Contribuiu para a melhoria no jogo atacante.
Paulo Bernardo – Dois passes a rasgar e pouco mais.
Diogo Gonçalves – Tentou soluções de jogo sem rasgo.
Sp. Braga Al Musrati
Matheus – Não teve culpa em nenhum dos golos sofridos
Fabiano – Não defendeu mal, mas atacou pouco.
Paulo Oliveira – Está aquém dos outros dois centrais.
David Carmo – Este jovem está um central e peras. À atenção de Fernando Santos.
Tormena – Um jogo em cheio. Ressuscitou.
Rodrigo Gomes – Uma jovem promessa a crescer de jogo para jogo.
André Horta – Fez um penálti, mas marcou, com classe, o segundo do Braga.
Ricardo Horta – É o pêndulo do relógio de Carvalhal. Não marcou, mas assistiu.
Yuri Medeiros – Fez o primeiro num livre marcado de forma irrepreensível.
Abel Ruiz – Só jogou 45 minutos e não se viu. Gastou as pilhas na seleção espanhola.
Vitinha – Entrou para o lugar de Ruiz e mostrou ao espanhol como se faz. Merece a titularidade.
Yan Couto – É um jogador rápido e habilidoso, mas esta sexta-feira esteve aquém do habitual.
André Castro – Um médio de raça. Em 15 minutos ajudou ao caminho da vitória.
Francisco Moura – Entrou para segurar e segurou.
Berna – Estreou-se.
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