Bruno de Carvalho: 'Ataques' do Benfica estavam preparados

Presidente leonino diz que FPF devia ter tomado uma decisão no caso das prendas.

16 de outubro de 2015 às 00:25
Bruno de Carvalho, entrevista, Sporting TV, Benfica, polémica, Jorge Jesus, desporto, futebol Foto: David Cabral Santos
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O presidente do Sporting afirmou na quinta-feira que os 'ataques' do Benfica aos 'leões' estavam todos preparados, e que foram desencadeados com a chegada de Jorge Jesus a Alvalade e pela derrota na Supertaça de futebol.

"Já tinha dito que do Benfica se podia esperar tudo do mais baixo. Só faltava colocar o processo a Jorge Jesus dias antes do dérbi, e foi o que fizeram. Tudo isto estava pensado e preparado e começou a surgir após a derrota na Supertaça", disse Bruno de Carvalho numa entrevista à Sporting TV.

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Admitindo que o Benfica dirige uma máquina de propaganda e campanha a nível dos órgãos de comunicação social, o líder dos 'leões' considerou "ridícula" a capa da revista Sábado, que esta semana faz manchete com os pormenores do processo em que o Benfica exige 14 milhões de euros a Jorge Jesus pela sua saída 'irregular' da Luz, que diz ser mais um ataque, como foram as supostas mensagens entre Jesus e jogadores do Benfica, a questão do hotel em Vila Nova de Gaia ou a revelação de documentos confidenciais (via 'football leaks').

"O Benfica tem uma máquina de campanha tremenda a nível de comunicação social, que tem duas faces. Uma, que até compreendo, visa a afirmação e grandeza do clube, mas, depois, há outra parte, muito suja nesta campanha, o espezinhar, tentar humilhar, dizer mal, lançar poeira. Isto tem uma cara visível e uma escondida", afirmou o dirigente.

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FPF devia ter tomado uma decisão sobre prendas

Relativamente à polémica das 'caixas' e dos presentes que o Benfica oferece aos árbitros, observadores e delegados nos jogos das equipas principal e B, Bruno de Carvalho diz que a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) deveria tomar uma decisão antes de o processo seguir para o Ministério Público (MP).

Segundo o dirigente, interessa primeiro perceber se há ou não uma violação dos regulamentos desportivos, e só aí, se for caso disso, o processo deverá seguir para o MP, para ser avaliado pela justiça cível.

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"Existem regulamentos. Um regula as leis desportivas, outro regula a atividade 'social', dita normal. Não vejo interesse absolutamente nenhum, nesta fase, de o processo estar no Ministério Público sem antes perceber se é ou não normal ser oferecida uma caixa, quatro jantares por cada árbitro, delegado e observador, dá 1.120 jantares por ano", disse.

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