Três craques da formação do FC Porto penhorados

O FC Porto penhorou três craques da sua formação entre setembro e novembro de 2021. No Relatório e Contas relativo ao 1º semestre desta temporada, a SAD revela que os direitos económicos de Diogo Costa, João Mário e Fábio Vieira foram dados como garantia em operações de ‘factoring’.

Há vários anos que os dragões recorrem a este tipo de empréstimos, em que antecipam uma receita futura a troco do pagamento de juros, para resolver a falta de liquidez. A SAD foi cedendo os direitos televisivos (hipotecados até agosto de 2025) e o valor das vendas de jogadores (é o caso de Fábio Silva, cujas tranches futuras a pagar pelo Wolverhampton já foram todas antecipadas).

De há um ano a esta parte, o FC Porto começou a dar também como garantia os direitos de jogadores que ainda estão no plantel. Fê-lo na época passada com Luis Díaz (entretanto vendido ao Liverpool), Corona (transacionado para o Sevilha), Sérgio Oliveira (emprestado à Roma), Uribe, Marchesín e Taremi.

No 1º semestre desta temporada entraram para o lote os três jovens da formação citados. A menos que os azuis-e-brancos paguem à financiadora, quando o guarda-redes, o lateral-direito e o médio forem vendidos, o valor da venda equivalente à garantia prestada não irá entrar nos cofres portistas.

Nas contas do FC Porto, analisadas pelo CM, conclui-se que a SAD procedeu a cinco novas operações de ‘factoring’ entre setembro e novembro de 2021, num montante total de 18,86 milhões de euros. Outra novidade é o recurso a uma nova empresa de crédito (ver Pormenores) e não à Bankhaus, que há largos anos vem sendo das principais financiadoras dos dragões.