Final da Liga dos Campeões, entre Real Madrid e Liverpool, começou com um atraso de 30 minutos por complicações com bilhetes.
A polícia de Paris interpôs este domingo uma ação judicial por "fraude maciça com bilhetes falsos" para a final da Liga dos Campeões, entre Real Madrid e Liverpool, que poderia ter tido "consequências graves para a segurança dos espectadores".
Num relatório enviado ao ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, o comandante da polícia de Paris, Didier Lallement, explicou que "considera necessário identificar os responsáveis por esta fraude maciça com bilhetes falsos, que poderia ter tido consequências muito graves para a segurança dos espectadores, tanto durante a entrada como dentro do próprio estádio".
"A gravidade dos factos justifica, na minha opinião, o encaminhamento para o procurador da República", escreveu Lallement.
Depois do caos junto ao Stade de France no sábado, a polémica aumentou hoje em torno das responsabilidades nos percalços da organização da final da Liga dos Campeões, com consequências negativas em termos de imagem, a dois anos dos Jogos Olímpicos de Paris.
A prestigiada final europeia, disputada em Saint-Denis, na periferia norte de Paris, e ganha no sábado pelo Real Madrid contra o Liverpool (1-0), foi marcada por um cenário de caos em volta do estádio, mas sem feridos graves a lamentar.
O Ministério dos Desportos convocou para segunda-feira, às 11:00 (10:00 em Lisboa), uma reunião com "todos os intervenientes [...] para retirar todas as lições" e "identificar as falhas".
Segundo a explicação da UEFA (União das Federações Europeias de Futebol), "milhares de espectadores" apresentaram-se com "bilhetes falsos que não funcionaram", criando "uma acumulação de espectadores" nas filas de espera para entrar no estádio.
O comandante da polícia de Paris invocou uma série de dificuldades, desde a greve da RATP (Rede Autónoma de Transportes Parisienses) até ao afluxo de um grande número de espectadores, "sem dúvida entre 30.000 e 40.000 pessoas além das 80.000 da lotação do estádio".
Antes do jogo, havia grupos de jovens e de adeptos de futebol locais não identificados nas imediações do estádio, dezenas dos quais tentaram entrar à força no recinto, escalando barreiras para o conseguir.
A polícia interveio, dispersando a multidão com gás lacrimogéneo.
"Lamentamos que famílias possam ter sido indiretamente atingidas", declarou hoje à estação televisiva BFMTV uma porta-voz do comando da polícia de Paris, assegurando que as tentativas de intrusão ou de utilização de bilhetes falsos foram "na generalidade" feitas por "adeptos ingleses", mas "também, sem dúvida, com alguns parisienses e residentes de Saint-Denis".
Logo após o final do jogo, o ministro do Interior francês referiu que "milhares de adeptos britânicos sem bilhete ou com bilhetes falsos forçaram a entrada".
Os adeptos do Liverpool, desde há 30 anos considerados pouco problemáticos, sentiram-se ultrajados por tais acusações.
Efetivos policiais de Liverpool, destacados para o local como observadores e agentes de ligação, indicaram que "a imensa maioria" dos adeptos ingleses "se portou de forma exemplar, chegando cedo [...] e fazendo fila", conforme fora pedido.
Na "fan zone" do leste de Paris, onde dezenas de milhares de adeptos britânicos acompanharam a transmissão com fervor e muito álcool, a maré vermelha dispersou sem incidentes no final da partida.
Os bombeiros de Paris relataram "uma noite calma" no estádio e nas 'fan zones', com 238 intervenções dos serviços de socorro devido a incidentes menores, entre as quais intoxicações com gás lacrimogéneo.
Durante a noite, 105 pessoas foram detidas, segundo o Ministério do Interior. De acordo com o Ministério Público de Paris, cerca de 20 ficaram sob custódia, essencialmente devido a violência e roubo.
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