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Aposta na mobilidade valeu ‘poker’ ao Benfica

Benfica marcou três golos no espaço de quatro minutos, na segunda parte, e chegou ao quarto sem avançados de área no onze.

26 de fevereiro de 2024 às 01:30

Com três golos marcados em quatro minutos, já na segunda parte, o Benfica resolveu um jogo que controlou praticamente a tempo inteiro. Desatado o nó que, na verdade, nunca chegou a parecer apertado, o líder do campeonato acabou até por chegar ao ‘poker’. Uma vitória gorda, por 4-0, que dá alento para as batalhas que aí vêm: Sporting em Alvalade para a Taça de Portugal (primeira mão das meias-finais), na quinta-feira; FC Porto no Dragão para a Liga, no próximo domingo.

Roger Schmidt voltou neste jogo a apostar de início numa fórmula que já lhe deixou as orelhas a arder nesta época. Meteu fichas na mobilidade do tridente formado por Neres, Rafa e Di María e guardou no banco 38 milhões de euros em avançados de área (entenda-se, Arthur Cabral e Marcos Leonardo). Deu-se bem. Mas foi preciso esperar 55 minutos. Até lá, a equipa teve bola, dominou e criou. Só faltou marcar. Kokçu viu ser-lhe feita a vontade de jogar numa posição mais avançada (no apoio aos homens da frente), João Neves mostrou a dinâmica habitual, tudo certo até ao último terço do campo. Mas durante os primeiros 45 minutos, valha a verdade, o Benfica andou a bater num muro. E quando não era o muro era Nakamura, guarda-redes do Portimonense, que brilhou em dois ou três momentos, com valorosas intervenções.

Para a segunda parte, o Benfica veio como desceu ao balneário. A mesma dinâmica, o mesmo onze, a mesma vontade. Mas foi preciso esperar até aos 55 minutos para ver as fichas de Roger Schmidt baterem nos números certos. Rafa primeiro, Neres a seguir, Di María depois, reeditaram na Luz uma velha máxima do imaginário do clube: antes era 15, este domingo foram quatro minutos à Benfica. Questão arrumada e aposta ganha pelo treinador alemão. Mais à frente, Rafa haveria ainda de chegar ao bis pessoal e ao tal ‘poker’ no marcador. Sem discussão.

"O jogadores têm estado muito bem"

“Precisámos de ter alguma paciência e tivemos de controlar os contra-ataques do Portimonense. Depois, fomos capazes de marcar três golos fantásticos em cinco minutos. Estivemos concentrados até ao final da partida. Gostei muito do nosso jogo”, disse Roger Schmidt, que não se mostrou preocupado com o calendário apertado. “Já estamos habituados a jogar de três em três dias. Os jogadores têm estado muito bem, na recuperação e no trabalho, e cada jogo é um desafio para nós, para mostrarmos o nosso trabalho e ganharmos jogos”, salientou o técnico alemão, que elogiou o momento de “forma da equipa”.

SENTIDAS HOMENAGENS

Os 57 mil espectadores que este domingo foram ao Estádio da Luz prestaram bonitas homenagens a António Silva e João Neves, ambos a viver momentos difíceis devido a mortes de familiares. Nos minutos 4 e 87, números das camisolas dos jogadores, ouviram-se aplausos. E houve lágrimas.

MÁ REAÇÃO AO GOLO

Péssima reação do Portimonense após o primeiro golo do Benfica. A equipa de Paulo Sérgio, que terá culpas no cartório, não soube ser paciente. Tentou reagir de imediato e ficou muito exposta, deixando atrás da linha de defesa o espaço que o Benfica sempre procurou.

Num jogo fácil de dirigir, o árbitro Miguel Nogueira não inventou. Ainda assim, poderia e deveria ter estado melhor no capítulo da assertividade. Não se entende porque motivo, em alguns lances, demorou tanto tempo a tomar a decisão. E em alguns deles, mais valia deixar o jogo andar.

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