Treinadores das duas equipas pegaram-se na segunda parte e foram expulsos.
Com dois autogolos, o FC Porto passou este sábado um difícil obstáculo em Portimão e mantém esticada a corda que o agarra à esperança de alcançar o Sporting no topo da classificação.
Num mau jogo de futebol, em que nem faltou uma rábula com os treinadores de ambas as equipas pegados e confusão generalizada no túnel de acesso ao relvado, o triunfo acaba por assentar bem aos campeões nacionais, pois foram os que mais e melhor correram para chegar aos três pontos. Mas como se escreve no início desta crónica, o FC Porto só chegou à vitória com dois autogolos, um em cada metade do jogo e ambos em momentos-chave. Autogolos de autor, sublinhe-se. O primeiro após uma jogada genial de Corona, momentos antes do intervalo, o segundo no seguimento de um pontapé livre irrepreensível de Sérgio Oliveira, com a bola a ser devolvida pelo poste para as costas do guarda-redes Samuel, antes de voltar ao seu sentido original, o da baliza. Aconteceu isto dois minutos após o Portimonense ter chegado ao empate. Melhor timing era difícil.
Sérgio Conceição, na projeção deste jogo, tinha antevisto grandes dificuldades. Acertou em cheio. Não porque o Portimonense tenha estado endiabrado, muito longe disso. Antes porque o FC Porto não estava particularmente ‘mandão’. Tomou conta do jogo, sobreviveu bem ao revés que foi a saída de Pepe aos 24’, por lesão, mas não conseguiu transformar a posse de bola e o domínio territorial em situações de golo. De resto, e tirando a jogada do 0-1, com o rasgo de Corona e o toque infeliz de Lucas Possignolo, as melhores oportunidades foram dos algarvios: uma a abrir o jogo por Anzai, outra a fechar o primeiro tempo por Beto.
Na segunda parte o FC Porto convidou o Portimonense a estender-se mais, de forma a desguarnecer o setor recuado e potenciar as transições ofensivas. Em jogada de contrapé, os algarvios chegaram à igualdade, lance que esteve na génese da confusão fora das quatro linhas devido ao bate-boca dos treinadores. Mas, logo a seguir, o pé direito de Sérgio Oliveira, complementado pela ação involuntária do guarda-redes Samuel, resolveu a questão. O FC Porto mantém-se de pé, na perseguição ao Sporting. O resto é apenas história.
Treinadores picados e expulsos
Os treinadores Paulo Sérgio e Sérgio Conceição foram protagonistas de uma confusão fora das linhas. Trocaram bocas na segunda parte e logo aí viram cartões amarelos. Quando o FC Porto regressou ao comando do marcador, Conceição voltou a mandar bocas e o ‘caldo entornou’. Os dois técnicos quase chegaram a vias de facto, foram expulsos e a confusão alastrou até à entrada do túnel, já com elementos das duas equipas envolvidos.
Dragões não aderem a campanha da Liga
A Liga lançou uma campanha nesta jornada contra o racismo. Uma das ações organizadas foi a inscrição "Racismo não" nas costas das camisolas em vez do nome dos jogadores, mas o FC Porto optou por não aderir a esta iniciativa, embora tenha participado noutras.
Análise ao jogo
Positivo: A marca dos artistas
Na hora da verdade, os artistas do FC Porto não faltaram à chamada. Corona, primeiro, Sérgio Oliveira, mais à frente, deixaram marcas indeléveis nos lances de que resultaram os dois golos dos azuis-e-brancos.
Negtativo: Que vergonha...
O desentendimento entre os dois treinadores foi vergonhoso. Começaram com bocas um para o outro, baixaram o nível e quase acabaram enrolados. A Liga deveria ter mão muito pesada para estas cenas de ‘hardcore’.
Arbitragem: Algumas falhas
Rui Costa esteve bem no capítulo disciplinar, mas teve falhas técnicas. Contou com boas ajudas do VAR em jogadas nas quais se pediram penáltis, mas sem a ajuda da ‘rede’ espalhou-se quando deixou passar uma mão na bola de Diogo Leite, num lance de muito perigo para a baliza do FC Porto.
Análise aos jogadores
Corona - Quando apareceu no jogo... veio o golo do FC Porto. Boa arrancada a tirar dois defesas do caminho e a cruzar para Sérgio Oliveira. Está a subir de forma.
Marchesín – Pouco trabalho mas eficaz. Grande defesa a evitar golo de Beto no final da primeira parte.
Manafá – Algumas arrancadas e cruzamentos, nem sempre bem-sucedidos.
Pepe – Não facilitou nos 24 minutos em campo. Lesionou-se sozinho.
Mbemba – Lento a sair para deixar os rivais em fora de jogo. Melhorou com o decorrer do jogo.
Zaidu – Remeteu-se a tarefas mais defensivas. Não subiu tanto como é habitual. Um remate disparatado.
Sérgio Oliveira – Assumiu-se como o patrão e tentou carregar a equipa. Marcou o livre que deu o segundo golo.
Uribe – Faz um grande trabalho e passa despercebido.
Otávio – Perde-se em quezílias, mas dá tudo. Sofreu a falta do livre do 2º golo.
Taremi – Já esteve em melhor forma. Algumas decisões erradas no último passe. Pode fazer mais e melhor.
Marega – Esforçado, mas parece alhear-se do jogo com demasiada facilidade. É ele quem remata, atabalhoado, contra Possignolo, que faz o golo portista.
Diogo Leite – Ficou nas covas no golo do Portimonense.
Luis Díaz – Trouxe repentismo e desequilíbrios. Agitou.
Francisco Conceição – Nem se viu... não teve bola.
Toni Martínez – Boa arrancada, mas o remate saiu ao lado da baliza de Samuel.
Grujic – Refrescou.
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