Encarnados impuseram a primeira derrota ao Sporting. Leões estiveram a perder por 3-0, mas conseguiram equilibrar resultado.
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E ao 33º jogo o Sporting caiu. Tombou como campeão e... de pé, ao sair derrotado do dérbi com o Benfica na Luz por 4-3, depois de ter estado a perder por 3-0.
O Benfica entrou com um objetivo claro: Mostrar que está à altura do campeão Sporting. Num jogo aberto desde o apito inicial, os anfitriões dominaram a primeira parte. E aí Rúben Amorim teve alguma culpa quando deixou Palhinha e João Mário no banco, colocando nos seus lugares Matheus Nunes e Daniel Bragança.
E o Benfica percebeu que o caminho para o golo era pela zona central. Pizzi, com um passe a rasgar, isolou Seferovic que, à saída de Adán, lhe picou a bola por cima. Estava feito o 1-0.
O campeão, ainda a curar a ressaca da festa, demorou a entrar no jogo. Lento a reagir e com alguma falta de pulmão.
Jorge Jesus mandou carregar no acelerador e Pizzi e Everton faziam estragos nos leões. As águias trocavam bem a bola e fizeram o 2-0, numa jogada com 11 passes, uma prova da passividade leonina. Everton assistiu Pizzi que irrompeu pela zona central e fez a bola passar por cima de Adán.
O Benfica não queria apenas ganhar. Queria deixar a sua marca e impor uma pesada derrota ao campeão, até então invicto na Liga. O 3-0 obtido num cabeceamento de Lucas Veríssimo, após canto de Pizzi, fazia prever um resultado a roçar a humilhação.
O Sporting demorava a entrar no ritmo, mas nunca perdeu o brio. O brio que o conduziu ao título de campeão que fugia há 19 anos. No último suspiro da primeira metade, Pote, como é conhecido Pedro Gonçalves, reduziu para 3-1, com um remate colocado.
E a segunda parte começou como terminou a primeira: com golo, mas para o Benfica. Grimaldo sofreu falta para penálti e Seferovic converteu.
Este golo fez as águias abrandarem o ritmo. Amorim pôs Palhinha e João Mário e o Sporting cresceu para encostar o Benfica às cordas. Fez o 4-2 por Nuno Santos, após uma jogada envolvente com Pote e Paulinho a assistir para o golo.
Os leões acreditaram e Pote foi travado em falta por Lucas Veríssimo. Foi ele quem converteu o penálti, igualando Seferovic com um bis e 20 golos na lista dos melhores marcadores. Pote ainda atirou duas vezes aos ferros. Um dérbi intenso, no qual o Benfica fez o seu melhor jogo da época.Um duelo à parte dentro do jogo na luta pelo estatuto de melhor marcador da Liga. Seferovic bisou (um dos golos de penálti) e Pote não desarmou. Fez dois golos (igualmente um de penálti) e ainda atirou duas bolas aos ferros da baliza de Helton Leite.
+Seferovic e Pote
Um duelo à parte dentro do jogo na luta pelo estatuto de melhor marcador da Liga. Seferovic bisou (um dos golos de penálti) e Pote não desarmou. Fez dois golos (igualmente um de penálti) e ainda atirou duas bolas aos ferros da baliza de Helton Leite.
-Três golos de avanço
O Sporting entrou a dormir no jogo. Ainda na ressaca da conquista do título, a equipa entrou lenta e sem pulmão. Deu três golos de avanço. Quando percebeu que estava à beira da humilhação recuperou e redimiu-se ao cair na Liga. Mas de pé.
Arbitragem: Dois vermelhos perdoados
Tiago Martins pecou apenas no capítulo disciplinar. Perdoou o segundo cartão amarelo a Lucas Veríssimo, que travou Pote na área quando este seguia isolado. Perdoou depois um vermelho direto a Nuno Mendes, que travou Rafa com o braço.
Última jornada fica pendurada
Com o acesso a lugares europeus e a luta pela despromoção dependente dos jogos que se realizam este domingo, a Liga só deve anunciar esta segunda-feira os horários definitivos da última jornada da Liga, inclusive as partidas que envolvem Sporting, FC Porto e Benfica.
"Podíamos ter marcado mais"
"Saímos daqui com a sensação de que podíamos ter marcado mais, mas há que dar mérito ao adversário. É mais uma vitória. Continuamos com uma segunda volta muito forte", referiu este sábado Jorge Jesus.
Apesar dos elogios, o treinador deixa críticas aos jogadores. "Nós somos uma equipa que não sabe defender resultados. Por muito que eu fale, ainda na cabeça de alguns jogadores não perceberam como guardar o resultado. Com um 4-1 não estás à procura do resultado, tentas guarda o resultado e aproveitar uma ou outra situação", defendeu.
Sobre a troca de palavras com Rúben Amorim antes do dérbi, Jesus disse que preferiu dar os parabéns ao técnico pessoalmente. "Não quis dar-lhe por mensagem. Achava que ele não merecia os parabéns pelo telemóvel. Quis esperar pelo jogo. Fiz questão de me encontrar com ele no túnel de acesso", esclareceu.
Jesus quer, Everton sonha e com Pizzi e Seferovic a obra nasce
Helton Leite – Desviou uma bola para o poste com a ponta dos dedos.
Lucas Veríssimo – Bom golo de cabeça. Má abordagem no penálti cometido.
Otamendi – Foi o central mais regular a defender.
Vertonghen – Falhou duas vezes na cobertura a Pote em lances que deram golo.
Diogo Gonçalves – Deixou Paulinho fugir nas suas costas na jogada do 4-2.
Weigl – Não se coibiu de recorrer à falta. Sofreu mais na 2ª parte.
Taarabt – Esforçado, mas pouco esclarecido. Afundou-se depois do intervalo.
Grimaldo – Preponderante no ataque, ganhou um penálti e teve uma boa oportunidade para marcar aos 64’.
Pizzi - Dos melhores dérbis que se lhe viu. Categoria a picar sobre Adán no 2-0 e assistências teleguiadas para dois golos.
Seferovic – Influente a servir de pivô para a bola circular enquanto teve forças. Recompensado com dois golos.
Everton – Das melhores exibições na Luz. Excelente assistência para Pizzi.
Gabriel – Na mesma linha de Taarabt.
Nuno Tavares – Fora de posição, não comprometeu.
Rafa – Viu Adán negar-lhe o golo aos 90+4’.
Darwin – Nada a registar.
Waldschmidt – Quase marcava aos 90+1’.
"Jesus deu-me os parabéns"
Rúben Amorim e Jorge Jesus trocaram algumas palavras antes do dérbi. O técnico do Sporting revelou o conteúdo da conversa: "Disse-me que estava à minha espera para me dar os parabéns pessoalmente e eu desejei boa sorte para a Taça." O técnico leonino não esclareceu o significado do gesto com os três dedos feito pelo homólogo. "Estou a cumprimentar as pessoas, mas estou a pensar no jogo", referiu.
Sobre a partida, Amorim enalteceu o espírito combativo da equipa. "Foi um jogo complicado. O Benfica entrou bem, fez três golos. Conseguimos marcar e ao intervalo acreditámos. Voltámos a sofrer mal começou. A equipa mostrou o coração e a força que tem. Fizemos mais dois golos e no fim tentámos o empate", disse.
O técnico lamentou ainda a primeira derrota na Liga: "Queríamos ganhar e manter a série de invencibilidade. Mas o mais importante está feito."
Pote e Nuno Santos foram os menos afetados pela festa Adán –
João Pereira – Substituiu Porro no lugar, mas a qualidade ficou muito aquém.
Gonçalo Inácio – Foi dos melhores na defesa, um ‘pronto-socorro’.
Coates – Mostrou lentidão nos processos. A idade já não permite muitas festas...
Matheus Reis – Sentiu muitas dificuldades para travar os adversários.
Nuno Mendes – Teve um mau começo do jogo mas foi subindo de produção. Quando ficou sozinho na esquerda atingiu o nível habitual.
Daniel Bragança – Engolido pelo meio-campo adversário, tentou sair a jogar com passes de qualidade.
Pote - Dois golos, duas bolas ao poste e muita vontade em inverter o rumo do marcador. Foi o jogador leonino mais inconformado.
Matheus Nunes – Jogou pouco no meio-campo e pior depois na lateral direita.
Nuno Santos – Outro inconformado, queria sair da Luz com outro resultado.
Paulinho – Toques de classe sem efeitos práticos.
Palhinha – Entrou na segunda parte para evitar eventual humilhação.
João Mário – Condutor de jogo, dinamizou equipa.
Jovane Cabral – ‘Arma secreta’ de Amorim não disparou.
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