Santa Clara marcou primeiro e deixou águia por terra. Energia do uruguaio levantou a equipa, com um bis, aos 60’ e 62’.
Dois minutos, dois golos, dois pontos recuperados. Darwin Núñez voltou a ser o dínamo que ligou a Luz: o Santa Clara até marcou primeiro, mas o uruguaio, em duplo ato, assinou a segunda vitória consecutiva do Benfica no campeonato, algo que acontece pela primeira vez em 2022.
Depois do empate e da tempestade no Dragão, esperava-se um fim de tarde de total bonança para os encarnados. Não foi bem assim. A entrada da equipa de Veríssimo foi forte, só que Rafa, Darwin e Vertonghen não conseguiram capitalizar as oportunidades. O central belga foi o que esteve mais próximo, num gesto de ponta de lança que terminou no poste da baliza de Marco.
A águia tardava em levantar voo e ainda levou um golpe que a deixou mais por terra. Belo ataque dos açorianos, com a defesa benfiquista em dificuldades. O primeiro remate de Rui Costa teve defesa de Odysseas, mas a recarga de Mohebi terminou mesmo no 0-1. O lance foi anulado por fora de jogo, contudo, não demorou muito para o VAR validar o golo do iraniano.
E o Benfica abanou, pois claro, com os adeptos a começarem a demonstrar impaciência. Ia aproveitando o Santa Clara, que ameaçou o segundo por Barreto, numa ultrapassagem fácil sobre Otamendi que não teve o melhor seguimento num remate sem perigo. Os assobios ao intervalo já eram expectáveis. Corria o Benfica o risco de não aproveitar o clássico e, pior, ainda perder um ponto para os rivais da frente.
Diz o povo que ‘quem muda, Deus ajuda’. Veríssimo fez duas substituições aos 57’ e, no minuto seguinte, penálti sobre Rafa. Darwin enganou Marco. 1-1 aos 60’ e logo 2-1 aos 62’. O avançado aproveitou o balanço de Rafa, que voltou a estar ligado ao golo. Arranque pela direita e bola em Yaremchuk, com o ucraniano a encontrar o número 9 sozinho no segundo poste. Finalização de primeira, com a bola ainda a embater na barra antes de entrar.
Festa brava no Estádio da Luz, que, contudo, teve de esperar até ao fim para poder soltar os foguetes. É que Gonçalo Ramos e Lázaro não conseguiram bater Marco e a dúvida no resultado manteve-se até aos últimos instantes da partida. Odysseas deu o soco derradeiro no canto do cisne do Santa Clara. Balão de oxigénio para a águia, que recupera terreno na classificação: está agora a quatro pontos do segundo classificado Sporting e a dez do líder FC Porto.
"Podíamos ter feito mais golos"
"Entrámos com ritmo alto, a criar oportunidades. Quando sofremos, a equipa ficou intranquila. Na segunda parte fizemos um belo jogo, com uma perspetiva de ir buscar o resultado. Conseguimos os golos e podíamos ter feito mais", disse Nélson Veríssimo.
Análise ao jogo
Positivo: Rafa é bom companheiro
Darwin foi a estrela do encontro e chega aos 18 golos, destacado na liderança dos melhores marcadores da Liga. Mas o Óscar de melhor ator secundário tem de ir para Rafa, que ajudou à festa ao sofrer o penálti do 1-1 e ao arrancar para a jogada do 2-1.
Negativo: Águia continua a sofrer
Duas vitórias consecutivas são balão de oxigénio para uma águia que ainda está em sofrimento. O Santa Clara assustou, marcou primeiro e ameaçou vencer na Luz um Benfica que voltou a ter uma primeira parte pobre. Alívio só mesmo no fim.
Arbitragem: Penálti indiscutível
A intervenção do VAR corrigiu o golo mal anulado ao Santa Clara. Já o penálti sobre Rafa não deixa dúvidas - Villanueva pisa o calcanhar do avançado do Benfica. De resto, jogo sem grandes problemas, com boa arbitragem de Hélder Malheiro.
Análise aos jogadores
Darwin - O melhor marcador do campeonato foi de novo o homem do jogo. Marcou dois em dois minutos, um de penálti, e teve oportunidades para mais. Tem quatro meses para escolher clube...
Odysseas – O germano-grego voltou a ser um dos melhores da equipa. Impediu o 0-2 para os açorianos.
Lázaro – O dia de São Valentim é amanhã; este sábado este esteve pouco em jogo.
Otamendi – Várias vezes ultrapassado pelos avançados contrários, mas a vontade e a garra do costume.
Vertonghen – O defesa belga está a subir com mais frequência à frente e este sábado atirou uma bola ao poste.
Grimaldo – O defesa/extremo-esquerdo teve a dinâmica habitual, mas menos jogo.
Weigl – Perdeu vários lances em zona sensível do campo e teve que correr atrás do prejuízo. Não é trinco.
Paulo Bernardo – É exigido muito a este miúdo em tempo de crise coletiva e ele sente isso. Deixem-no soltar-se...
Rafa – Saco de pancada e provocador de jogadas felinas. Sofreu o penálti e está na jogada da reviravolta.
Everton – Muitos furos abaixo do que vinha demonstrando nos últimos jogos e a equipa ressentiu-se disso.
Gonçalo Ramos – É esforçado e muito combativo mas falta-lhe o golo, os golos...
Yaremchuk – Entrou com vontade de alterar o estado das coisas e assistiu Darwin para o 2-1.
Taarabt – O médio marroquino agitou, mas pouco.
Meïté – A prova de que Nélson Veríssimo temia o empate. Preencheu o meio-campo.
Diogo Gonçalves – Entrou para permitir que o tribunal da Luz aplaudisse o homem do jogo. Sem tempo para nada.
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