Órgão da UEFA liderado pelo ex-PGR Cunha Rodrigues baniu o campeão inglês em título por dois anos e multou-o em 30 milhões de euros.
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O campeão inglês de futebol Manchester City foi banido por duas épocas das competições europeias devido ao incumprimento de regras do 'fair play' financeiro, uma decisão deliberada pela Câmara Adjudicatória do Órgão de Controlo Financeiro da UEFA, órgão presidido pelo ex-Procurador Geral da República Cunha Rodrigues.
Na origem desta decisão, estão documentos tornados públicos pelo pirata informático Rui Pinto no caso Football Leaks. Tal como a SÁBADO revelou a 17 de Outubro de 2019, o campeão em título inglês fazia parte das centenas de entidades cujos sistemas informáticos foram acedidos pelo português. Na verdade, encontraram-se dados da elite do futebol mundial, além do City: Real Madrid, Barcelona, Juventus, Inter de Milão, Atlético de Madrid, Ajax, Benfica, FC Porto, Shakhtar, Vilarreal, Clube Desportivo Nacional, Leixões e a Liga Portuguesa de Futebol, para além da FIFA, da UEFA, da Confederação Sul-Americana de Futebol e da Federação Inglesa de Futebol. Em comunicado, a UEFA explicou que o processo concluiu que existiram, da parte do clube inglês representado pelos portugueses João Cancelo e Bernardo Silva, "quebras significativas" das leis do fair play financeiro estabelecidas pelo organismo de cúpula do futebol europeu, nomeadamente através da sobrevalorização das receitas de patrocínios entre 2012 e 2016, pelo que ficarão de fora das competições europeias para que se apurarem em 2020/21 e 2021/22, além do pagamento de uma multa de 30 milhões de euros.
Os documentos comprometedores para o Manchester City foram revelados pela revista alemã Der Spiegel em novembro de 2018. De acordo com os documentos então publicados, o proprietário do City, o sheikh Mansour bin Zayed Al Nahyan, membro da família real de Abu Dhabi, suportava grande parte do patrocínio do clube. Segundo o The Guardian, o patrocínio anual da camisola, estádio e academia dos citizens, no valor de 81,1 milhões de euros, era praticamente suportado na totalidade pelo dono do clube. Apenas 9,6 milhões saíram dos cofres da Etihad.
O Manchester City já reagiu à decisão da UEFA, garantindo estar "desapontado" mas "não surpreendido". "O clube já previa esta necessidade de procurar um organismo independente para julgar imparcialmente as provas irrefutáveis que suportam a nossa posição", escreveram os responsáveis em comunicado.
Rui Pinto está em prisão preventiva desde março de 2019. O hacker, responsável pelo Football Leaks é acusado de crimes de acesso ilegítimo, acesso indevido, violação de correspondência, sabotagem informática, tentativa de extorsão, entre outros, num caso aberto por uma queixa da Doyen. Esta sexta-feira, o advogado Francisco Teixeira da Mota garantiu que Rui Pinto "está aberto" e mantém a intenção de colaborar com as autoridades portuguesas no combate à criminalidade económica.
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