Sporting deu uma lição de eficácia na primeira parte e chegou ao 0-2.
Final 'quente' no Clássico do Dragão com agressões e jogadores e equipas técnicas pegadas. Veja o momento
Tanta confusão e... ficou tudo na mesma. FC Porto e Sporting empataram a duas bolas um encontro que acabou com cenas lamentáveis. E quando assim é, ninguém ganha: o resultado até beneficia o FC Porto, mas os dragões estiveram em vantagem numérica durante 40 minutos e falharam a estocada final no campeonato.
Muito se falou em canções de embalar. Ora, a música foi outra. Com o ritmo acelerado desde início e contacto físico exagerado, esteve tudo bem mais próximo de um qualquer concerto de rock... da pesada.
Amorim trouxe Esgaio, Ugarte e Nuno Santos. Conceição escolheu João Mário, Uribe, Taremi. Nem um minuto volvido e duas oportunidades seguidas - Adán a parar remates de Vitinha e Taremi - e um cartão amarelo para Matheus Reis. Pressão altíssima dos dois lados, ascendente inicial dos da casa.
Só que o leão de Amorim é matreiro. Explorando ao máximo a largura, deixava os dragões em dificuldades. Melhor exemplo aos 8’. Cruzamento da direita, muito largo, acaba na esquerda. Matheus Reis, sem deixar cair a bola, faz um centro de futebol de praia para a cabeçada certeira de Paulinho. 0-1.
O FC Porto queixa-se de um penálti, antes de sofrer o segundo golpe. Um hino à construção no futebol de Amorim, com 14 passes entre 11 jogadores, terminando com assistência de Sarabia para Nuno Santos concluir. Era, até então, uma lição do leão e valeu aos dragões a rápida reação num entendimento entre Taremi e Fábio Vieira com o jovem a reduzir para 1-2. Rock’n’roll, loucura total e confusão para terminar, com empurrões e amarelos distribuídos até ao intervalo.
Até e depois. Coates trava Evanilson e vê o segundo, quando não devia ter visto o primeiro num lance em que até sofre falta. Com o vermelho, o Sporting cerrou fileiras e o FC Porto apertou. Zaidu atirou um remate de primeira ao poste aos 59’, mas seria do pé esquerdo de Fábio Vieira a sair a solução, num cruzamento para Taremi empatar. Em cima do apito, Adán segurou o empate. E depois do apito, ninguém segurou a vergonha. A não repetir.
Momentos do jogo 34’
Saída de bola perfeita do Sporting até Nuno Santos soltar Matheus Reis na esquerda. Cruzamento ao segundo poste e Sarabia a assistir Santos para o 0-2. Um hino ao futebol dos leões.
38’
Fábio Vieira recebe a bola junto à área do Sporting e lança Taremi na esquerda, O iraniano devolve com um passe atrasado. O jovem português remata de primeira, colocado, para o 1-2.
Positivo e Negativo
Vieira e os Resistência
Fábio Vieira tem perfume nos pés e foi a figura do jogo ao resgatar o FC Porto, com um golo e uma assistência. Tanto se falou em música, que os leões, quando reduzidos a dez, fizeram lembrar os Resistência: o espírito selvagem permitiu, pelo menos, manter viva a discussão na Liga.
Adultos, mas pouco
É certo que é um clássico e que o futebol é um desporto de emoções, mas o que se passou no final do encontro no Dragão é profundamente lamentável. Quatro jogadores foram expulsos, mas, mais grave do que isso, é a imagem deixada.
Arbitragem
Sem mão no Clássico
Penálti por marcar sobre Evanilson e o primeiro dos dois amarelos a Coates é absurdo. Nunca controlou o jogo, permitindo momentos de confusão. No final, já nada pôde fazer a não ser distribuir vermelhos.
Cenas lamentáveis após o final do jogo com quatro expulsões
Perfume de Fábio no Dragão
Diogo Costa – Um autêntico espectador, inclusive nos dois golos sofridos.
João Mário – Regresso com muitas dificuldades. Os golos do Sporting surgiram sempre do seu raio de ação.
Mbemba – Não conseguiu ser o apoio que João Mário precisava. No 0-1, Paulinho surge na sua zona.
Pepe – Não esteve isento de culpas. Muito pelo contrário. Nos golos leoninos não estava onde habitualmente está.
Zaidu – Sem noção do espaço defensivo. Esgaio e Sarabia fizeram o que quiseram no primeiro tempo. Remate ao poste.
Uribe – A superioridade do meio-campo dos leões retirou-lhe protagonismo. Má primeira parte. Sem chama.
Vitinha – Começou por assustar Adán logo a abrir. Tentou conduzir o jogo ofensivo mas foi pouco eficaz.
Otávio – Muito apagado. Só se viu quando esteve envolvido nas muitas escaramuças do encontro.
Evanilson – Não teve nem bola nem chances.
Taremi – Mais descaído para a esquerda foi fundamental na assistência para o 1-2 e no golo do empate.
Galeno – Não acrescentou nada ao ataque portista.
Fábio Vieira - Desequilibrador. A jogar da esquerda para o centro confundiu as marcações dos leões. Belo golo e uma assistência perfeita.
F. Conceição – Agitou.
Pepê – Pouco em jogo.
Grujic – Cabeçada para parada de Adán.
Toni Martínez – Um remate perigoso.
Adán agarrou o ponto no fim
Gonçalo Inácio – Corte arriscado na área que podia ter dado penálti sobre Evanilson.
Coates – Remeteu-se à defesa e foi a voz de comando no campo. Acabou expulso, mas o 1º amarelo foi injusto.
Feddal – Aventurou-se no ataque e tremeu um pouco na defesa. Lutou muito.
Esgaio – Grande passe para Matheus Reis assistir Paulinho no 1-0. Esforçado
Ugarte – Lutador. Garantiu músculo e movimentação ao meio-campo
Adán - Duas boas defesas no 1.º minuto. Pouco podia fazer nos golos. Evitou a derrota com grande defesa já nos descontos (90’+5).
Matheus Nunes – Dá qualidade ao miolo, quer a recuperar quer a distribuir jogo.
Matheus Reis – Grande primeira parte. Forte a defender e perigoso a atacar. Grande assistência no golo
de Paulinho.
Sarabia – Assistiu Nuno Santos no 2-0. Boas arrancadas a desequilibrar.
Nuno Santos – Uma perdida quase escandalosa e um golão na melhor jogada de envolvência dos leões.
Paulinho – Ganhou uma bola a Mbemba, mas o remate saiu fraco. À segunda não perdoou e fez o 1-0 num golpe de cabeça.
Palhinha – Grande corte nos descontos e foi expulso.
Slimani – Muito pouco.
Luís Neto – Trabalhador. Bons cortes.
Tabata – Refrescou.
"Empatar o jogo foi negativo"
"Foi um jogo muito competitivo. Estando a perder sabíamos que tínhamos de fazer golos e a postura depois do intervalo foi essa: tentar ganhar o jogo. Empatar o jogo foi negativo, queríamos ganhar", afirmou esta sexta-feira Sérgio Conceição.
A confusão entre as duas equipas no final do jogo foi um tema incontornável.
"Podem ir ao balneário do Sporting chamar o Hugo Viana e perguntar o que estávamos a fazer ali. Eu, a segurar os meus jogadores, e ele os dele. Não é bonito para ninguém. Eu, ele e elementos das duas equipas técnicas tentámos arrefecer os ânimos", explicou o treinador do FC Porto. Conceição criticou ainda a atuação do árbitro, nomeadamente a "dificuldade em segurar o jogo", embora tenha admitido que os jogadores e treinadores também tinham uma quota parte de culpa. O técnico disse que agora o foco está no jogo da Lazio para a Liga Europa.
"Podíamos ter gerido melhor"
"Podíamos ter gerido melhor a vantagem de dois golos. Sofremos um golo antes do intervalo e com a expulsão de Coates tornou-se num jogo de um só sentido", disse Rúben Amorim após o empate a duas bolas.
Para o treinador do Sporting, a sua equipa perdeu dois pontos. "Estamos atrás e podemos perder dois pontos para o terceiro classificado. Estamos chateados com o resultado e a falta dos jogadores que foram expulsos."
Amorim não escondeu que a confusão no final foi feia. "Os jogadores e os treinadores estavam com os nervos à flor da pele. Mas isso começou logo no início da semana", disse o técnico, numa alusão aos ataques nas redes sociais, acrescentando: "Onde está um do Sporting, estão os outros a ajudar. Se é feio ou bonito, investiguem as imagens e castiguem quem tiver de ser castigado, como fizeram com o Nuno Santos."
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