Ex-companheira de 'El Pibe' revela pormenores sobre a relação entre os dois, da qual, segundo conta, surgiu um filho.
Estamos em 1998 e Laura Cibilla, na altura uma simples empregada de uma pastelaria e aspirante a médica, conhece o seu ídolo: Diego Armando Maradona. Hoje, cerca de 22 anos depois, decide ativar todas as memórias de uma história de amor, com muita dor, drogas e violência, que viveu com 'El Pibe'.
Em entrevista exclusiva ao 'Nancy Duré', da 'Teleshow', a ex-companheira do antigo internacional argentino revelou os bastidores da relação que privou com o já falecido Maradona, desde o dia em que o conheceu, passando pelos caminhos da justiça - onde um teste de ADN definiu que 'El D10S' não era pai do seu único filho -, até ao momento que deixou de receber notícias do seu antigo amor.
"Conheci-o quando ele estava perto de fazer 21 anos, em 1998. Deslumbrei-me. Na altura, estava a tentar entrar na Faculdade de Medicina. Era saudável, bonita, tinha o meu emprego, o meu apartamento alugado em Recoleta... tinha o Mundo inteiro à minha frente. Quando o conheci, disse: 'Vou tirá-lo de tudo isso [das polémicas]'", recorda Laura Cibilla.
O primeiro encontro com Diego Maradona
"Eu estava a trabalhar e de repente entraram muitos seguranças. Eu estiquei o pescoço para ver quem estava a entrar e uma das minhas colegas diz: 'Viste quem entrou? É o teu ídolo'. Deixei os pratos perto do bar e fui até à zona onde ele estava. Quando o vi, o meu coração começou a bater muito rápido. Mas de repente ele estava rodeado de pessoas e eu pensei: 'Não vou ser mais uma'. Então saí e veio Leo Sucar [dono da cafetaria onde Laura Cibilla trabalhava] e me perguntou: 'Não cumprimentas o Diego?' e eu disse: 'Não, se eu não o conheço...'. Ele de seguida disse-me: 'Anda comigo, vou apresentar-te a ele'. E foi assim, ele pegou na minha mão e fomos até à beira de Diego. Quando chegámos, Leo disse: 'Diego, quero apresentar-te a Laurita, a minha empregada favorita'. Diego olhou para mim de cima a baixo e disse: 'Leo, ela não vai trabalhar mais'. Começámos a dançar e bebemos champanhe. Assim começou a história de amor que durou dois anos e que, segundo ele, no início eram só flores, ursinhos, bilhetes... foi lindo."
Fase de violência e ciúmes
"Depois veio uma fase de um Diego irreconhecível, violento e com ciúmes. Ao ponto de eu não poder ir ao supermercado: eu fugia para ir trabalhar. Ele dizia-me que eu era o amor da sua vida, a sua namorada, esposa e que não queria que ninguém olhasse para mim. Foi tão longe que quando Guille [Coppola] chegou ao local onde morávamos, eu já não podia olhar-lhe nos olhos. Foi demasiado."
O momento em que as drogas entraram na sua vida
"Foram três meses, acho eu, de: 'Queres? Não, obrigado. Queres? Não, obrigado. Queres? Não, obrigado'. Jogávamos às cartas até às cinco da manhã, eu adormecia e quando acordava tinha ele a olhar para mim. 'Ah, já acordaste. Queres? Não, obrigado.' Até que chegou o momento em que eu disse: 'Bem, vou experimentar.' Eu passei mal, fui internada não sei quantas vezes com 40 quilos, porque eu consumia como eu desportista de 80 ou 90 quilos. O consumo tem diferentes etapas. A primeira é de festa, a segunda já é diferente, a terceira estás tu a jogar um jogo qualquer, a quarta estás a limpar... O Diego mudava a areia dos meus gatos, aprendeu a passar uma esfregona no chão da cozinha. Eu queria trazê-lo para o meu Mundo. Mas é muito difícil quando tu estás naquele estado. Cheguei a colocar fitas nas janelas para que a luz não entrasse. São coisas muito feias e das quais não quero falar porque eu não devia ter sido essa pessoa."
O teste "falsificado" de ADN
"Quando o meu filho tinha ainda sete anos, dei início ao julgamento de paternidade. Diego [Maradona] não apareceu na primeira audiência, não apareceu na segunda e à terceira não fui eu. Então o meu advogado ligou-me e disse: 'Olha, que está aqui o Diego...'. E eu disse: 'Estou a ir'. A minha irmã foi buscá-lo à escola [ao filho], na altura ele estava no segundo ano. Entrou muita gente. Deu negativo [o teste de ADN]. Eu já não tinha mais contacto com ele [Maradona], não tinha tido mais nenhum relacionamento. Eu sinto que eles falsificaram o ADN, mas já passou."
Última conversa com Maradona
"A última conversa que eu tive com Diego, que até tenho no telemóvel, foi em dezembro passado. Procurei-o quando ele estava no México, no Dubai, procurei-o em todos os sítios... Em dezembro do ano passado ele ligou-me, antes desta pandemia horrível começar. Eu levantei-me às cinco e meia para ir trabalhar e deparei-me com umas 20 chamadas perdidas. Era uma pessoa que lhe havia dado o meu número e dizia: 'Laura, por favor, atende que é o Diego'".
Nunca chegou a ver "o filho"
"Dei-lhe a minha morada e tudo mais. Mas no Natal eu mandei-lhe uma mensagem e, de repente, a foto do perfil dele desapareceu. Nunca mais. Eu não podia mais comunicar com ele. Liguei para a pessoa que lhe deu o meu número e disse: 'Olha, tive muitos problemas por ter dado o teu número para ele'.
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