Antigo treinador dos leões diz que entrada dos invasores "parecia marcha de pelotão de guerra".
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Decorreu esta terça-feira a 17.ª sessão do julgamento do ataque à Academia de Alcochete. Jorge Jesus esteve a falar por videoconferência através do Tribunal de Almada. O interrogatório terminou cerca das 18h00.
Acompanhe ao minuto: 18h00 -
17h56 -
Sobre reunião na véspera do ataque: "Naquele dia, a ideia de quem me chamou era para nos despedir". "Como interpretou as palavras dele com Mendes durante a noite?". "Tinha confiança com ele". "Alguma vez viu Bruno de Carvalho e Mendes à conversa?". "Não".
17h38 -
Juíza diz que acabou a troca de palavras. "Qual foi postura do presidente?", questionou a juiza. "Disse ao Patrício: fala mais baixo que o presidente sou eu".17h36 - O presidente perguntou o que aconteceu ou como aconteceu?. Na reunião onde houve confronto verbal entre presidente e capitães. O que eles disseram?". "Senhora juíza, desculpe. Posso falar consigo? Este advogado está a fazer me um interrogatório", avançou Jorge Jesus. "Este senhor é advogado e não é incomendador".
17h31 -
17h28 - Miguel Fonseca agora. "Quem lhe disse que não queria falar com o presidente?". "Em primeiro lugar, boa tarde", respondeu Jesus.
Um momento de tensão, onde o advogado levanta a voz. A juíza pede calma.
17h13 - Juíza pergunta se Jesus quer parar um pouco, beber água. Jesus diz que não. Prossegue o advogado de Fernando Mendes.
"Recebeu tratamento?". "Não, fiquei KO".
"Ficou com medo depois disto?". "Não sou pessoa para isso".17h04 - Agora fala o advogado de Bruno Jacinto. "De que cor era o cinto?". "Verde".16h57 - "O Paulinho foi agredido por alguém?", questionou Aníbal Pinto. "Não sei", disse Jorge Jesus.
"Porque foram agredidas uns e outros não? Sabe?". "Não consigo. O Bas Dost foi o mais agredido e era dos mais queridos em campo".
"Ouviu o Acuña a chamar filho da p*ta ao Mendes?". "Não".16h52- Aníbal Pinto agora"Parabéns pela comenda". "Foi agredido por causa da confusão, ou por ter reagido?". "Porque me agrediu? Tem de fazer a pergunta a ele. Não é a mim", responde JJ, acrescentando: "Ele reconheceu-me. Se quisesse passava por mim e não me tocava".16h45 - O Advogado pede para serem lidas as declarações do Jesus à GNR. A juíza quer saber qual é a discrepância e por isso vai ler. "(...) Fernando, ajuda-me. Os gajos estão a bater nos jogadores". "A gente não veio aqui para bater, veio para falar". Jesus diz que já não se lembrava da resposta de Fernando Mendes mas que se disse isso é porque foi.16h40- O advogado Miguel Matias. "Lembra-se de no dia 16 ter ido ao posto prestar declarações?". "Sim". "Disse que Mendes nunca lhe deu uma explicação... tem a certeza?". "Não deu", afirmou Jorge Jesus. "Lembra-se de ver o Ricardo Gonçalves?". "Vi-o no início da entrada dos invasores". "Estava perto de si no momento do alegado murro?". "Não".16h31 - "Se tivesse sido despedido dia 14. Recebia indemnização?". A juíza interrompe: "Isso não interessa".
"Algum adepto lhe pediu desculpa?". "Não". "Quando vai atrás do indivíduo, viu algum funcionário ou jogador a fugir para a rua?". "Não".16h24 - "Bruno de Carvalho foi vaiado depois do jogo com o Paços de Ferreira?" "Sim."
"Houve também aquela situação das tochas com o Rui Patrício. No final do jogo frente ao Marítimo, antes do aeroporto, houve confusão?". "Não".
16h19 -
"Assistiu à conversa do Willuam com o Aleluia?". "Não". "O Jesus falou com Bruno de Carvalho lá?". "Teve uma reunião comigo no gabinete", disse o antigo treinador leonino."Perguntou o que tinha acontecido. "Não sabe o que aconteceu?" Bruno respondeu que queria falar com eles. Disse-lhes que eles não queriam falar com ele. "Eles fugiram de si".
16h16 - 16h06 - 15h43 - 15h36 - 15h31 - 15h19 - 15h18 - 15h02 - 15h00 - 14h57 - 14h56 -
O atual treinador do Flamengo diz que as visitas da claque não eram recorrentes e que por apenas uma vez aconteceu. "Um deles era o Mustafa. Tiveram um bom comportamento", disse.14h52 - "Jogadores desequilibrados, a chorarem. Tudo virado ao contrário", atirou. Jorge Jesus diz ainda que Bruno de Carvalho só apareceu uma ou duas horas depois e que foi falar com ele.14h43 - Foi depois da "confusão no vestuário" que Jorge Jesus recorda ter visto Bas Dost a chorar e a questionar porque lhe tinham feito aquilo.
"Foi tudo instantâneo, para aí cinco minutos. Foi tudo rápido", conta o técnico. "Foi entrar e bater", afirma.
A procuradora perguntou a Jorge Jesus se Fernando Mendes lhe explicou alguma coisa e ele responde que não, "não houve tempo para explicar nada".
Jorge Jesus revela ainda que, juntamente com Mendes, estava na Academia o Aleluia. "Fazia parte do grupo de quatro. Eram também dois jovens, mas não sei quem eram", explica.
"Parecia um filme de terror, estava tudo virado do avesso", recorda Jesus o terror vivido em Alcochete.14h35 - A procuradora pergunta a Jorge Jesus se Fernando Mendes lhe explicou o que estava a fazer ali no momento do ataque. O treinador responde que "não".14h30 - O treinador conta ainda que foi agredido durante o ataque. "Deu-me um soco na cara e caí. Fiquei a sangrar", diz Jorge Jesus, acrescentando que o agressor fugiu a correr depois de o ter agredido.
Momentos depois, o técnico que agora treina o Flamengo voltou a ser agredido. "Levei com o cinto. Tento reagir e caio. Ele [agressor] cai também e eu vou a correr atrás dele até à saída", explica o treinador que revela ter reconhecido o agressor pelas imagens.
Este agressor "estava de ténis e calções", recorda Jesus acrescentado que "não devia ter mais do que 23 anos".
14h28 -
"Ouvi muitos gritos e estava muito fumo", relembra o treinador.14h22 - "Mais de vinte tenho a certeza que eram". "Parecia marcha de pelotão de guerra", refere Jesus recordando o momento do ataque.
O técnico diz que não viu ninguém a lançar tochas, mas "entrei a correr e era uma fumarada". "Quando chego à entrada do vestuário vejo quatro [atacantes] sem nada no rosto, os outros já lá estavam dentro. Era aí que estava o [Fernando] Mendes".14h11 - Treinador começou a ser interrogado.
A procuradora começa por perguntar a Jorge Jesus se estava sozinho no dia do ataque.
"Os jogadores ficam no vestuários até os chamarmos", conta. "Era um dia como outro qualquer", relembra Jesus acrescentando que os adeptos que invadiram a Academia o abordam no campo e disseram "os jogadores não estão aqui, vamos para a cabine".13h45 - Jorge Jesus chegou ao Tribunal de Almada. É a partir deste local que o técnico vai ser inquirido via videoconferência.
11h54 - 10h58 - 10h50 - 10h15 -
O tribunal requereu às autoridades que fossem notificar o ex-jogador do Sporting para ir testemunhar. O jogador não compareceu no julgamento e não apresentou nenhuma justificação até ao momento.
Pelas 10h15, a presidente do coletivo de juízes, Sílvia Pires, explicou que a testemunha "não compareceu" esta manhã no tribunal na zona norte do país designado a partir do qual iria prestar declarações por videoconferência, e que o seu advogado tinha o telemóvel desligado.
Nesse sentido, a juíza presidente informou que entre hoje e quarta-feira será marcada nova data para a inquirição do futebolista, que se constituiu assistente no processo e que é um dos atletas que rescindiu com o Sporting após o ataque à academia.
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Para 8 de janeiro, quarta-feira, estão agendados os testemunhos do jogador italiano Cristiano Piccini, entretanto transferido para o Valência, e à tarde Mário Monteiro, preparador físico, que, à semelhança de Márcio Sampaio, faz parte da equipa técnica do dos brasileiros do Flamengo, liderada por Jorge Jesus. Está ainda previsto o interrogatório ao jogador André Pinto. André devia ser ouvido esta segunda-feira, no entanto o interrogatório dele acabou por ser adiado para quarta-feira.
Está previsto que os futebolistas e o antigo treinador leonino sejam ouvidos via Skype.
O processo pertence ao Tribunal de Almada, mas por "questões de logística e de segurança" o julgamento está a realizar-se em Monsanto.
Recorde-se que este julgamento começou em 18 de novembro de 2019.
A acusação do Ministério Público (MP), assinada pela procuradora Cândida Vilar, conta que, em 15 de maio de 2018, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na Academia do clube, em Alcochete, distrito de Setúbal, por elementos do grupo organizado de adeptos da claque Juventude Leonina e do subgrupo Casuais (Casuals), que agrediram técnicos, jogadores e 'staff'.
O antigo presidente do Sporting Bruno de Carvalho, Nuno Mendes (Mustafá), líder da claque Juventude Leonina, e Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos, estão acusados, como autores morais, de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 crimes de ofensa à integridade física qualificada e de 38 crimes de sequestro, todos estes (97 crimes) classificados como terrorismo.
Os três arguidos respondem ainda por um crime de detenção de arma proibida agravado e Mustafá também por um crime de tráfico de estupefacientes.
A acusação considera que os 41 arguidos que se deslocaram à Academia agiram mediante um plano "previamente traçado" e cumpriram os objetivos de "criar um clima de medo e terror" junto de jogadores e equipa técnica, de agredi-los com tochas, cintos, paus e bastões e de "privar os ofendidos de liberdade" enquanto decorriam as agressões.
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